Deartháireacha

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Meu avô costumava me contar longas histórias, uma delas era sobre Eriu, filha de Delbaeth, dos Tuatha de Danann.

Ele dizia que certa tarde enquanto ela olhava o mar de sua casa de Maeth Sceni, ela avistou um navio da prata. O navio trazia um homem de bela aparência. Ele tinha o cabelo louro dourado que lhe caia pelos ombros, junto a uma capa com ataduras de ouro. Trazia duas reluzentes lanças de prata e nelas duas firmes pontas de bronze.

Era Mac grénie, o filho do sol.

— Poderia eu, ter um momento de amor contigo?

— Certamente ainda não marquei nosso encontro — Ela respondeu.

—Venha sem o encontro.

Então se deitaram juntos e a mulher chorou quando o homem subiu no barco outra vez.

—Por que você está chorando? — Ele perguntou.

—Eu tenho duas razões para lamentar. Separar-me-ei de ti, todavia nós nos conhecemos hoje, e os jovens dos Tuatha De Danann tem implorado em vão me possuir como você fez.

— Sua ansiedade sobre essas duas coisas será removida. — Ele disse.

Retirou seu anel de ouro do dedo médio e colocou na mão dela. E disse-lhe que ela não deveria abrir mão dele, nem para vender tampouco para presentear, exceto para alguém em cujo dedo ele coubesse.

Mais tarde Eriu teve um filho, Bres, com o príncipe Elatha, e foi amante do deus Lugh.

Curioso, sempre perguntava a meu avô se Eriu e Mac grénie não tiveram filhos. Meu avô apenas sorria de forma misteriosa, o olhar distante, enquanto movia um estranho anel em seu dedo.

SASUKE ESTAVA SENTADO NA POLTRONA COM SUA FACE IMPASSÍVEL, ignorando os olhares da mulher loira, que lhe dirigia de forma furtiva. Ele queria ter um pretexto de entrar na sala e saber o que tanto o Dobe fazia lá. Só de pensar no Uzumaki a sós com seu tio, lhe subia algo quente pelas veias. A mera lembrança da maneira como o homem olhava o outro adolescente no auditório lhe fazia querer invadir aquela sala de uma vez.

Uma vozinha lhe dizia que não estava pensando com clareza. Afinal, estava ali sentado naquela maldita sala, com uma desculpa qualquer para falar com o tio, e aquilo não adiantava em nada em saber o que acontecia lá dentro. Nem mesmo conseguia ouvir o que eles conversavam. Claro que a maldita sala seria a prova de som.

O que o fazia pensar mais ainda no que acontecia lá dentro.

Estava perto de perder a paciência, como vinha descobrindo que perdia com tudo que envolvia o Uzumaki, quando a porta se abriu com estrondo. O Uzumaki nem mesmo pareceu vê-lo ali sentado na sala, passando rapidamente por ele, transtornado.

Ei! — A mulher bufou ao ser ignorada pelo loiro que bateu a outra porta para a saída com a mesma pressa. — Tsc. Garoto mal-educado.

Sasuke se ergueu da cadeira em um impulso que era até então desconhecido em si. Uma angústia gritante.

Pode entrar agora, Sr Uchiha. — A mulher falou em uma voz bem mais amena do que a que usara com o outro aluno. Sasuke a ignorou. Seria inteligente sua continuar a fingir, mas a face de Naruto o perturbou e ignorando a mulher saiu no encalço do outro.

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Obito olhava de forma intensa para a porta. A sala ainda estava impregnada com o cheiro dele, com a luz dele. Como se a simples presença, por mais breve, transformasse tudo em que tocava.

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