Aeron fora o deus caído. Abandonado por os seus, preso em seus segredos, e dividido em suas lealdades e escolhas até o fim.
Castiel fora o anjo traído. Ele havia escolhido a quem colocar sua lealdade desde o início. E havia morrido sozinho e em agonia por isso.
Ian era o sobrevivente. Ele havia feito a escolha que desafiava todo o seu destino, mas nesse ponto havia sido tarde demais.
Isaak era o lutador. Ele só havia conhecido dor a vida inteira, e ainda assim amara com tudo o que pudera, até o último minuto. Sua ruína foi confiar na pessoa errada.
Steve era o excepcional. Ele havia feito tudo contra o destino, tudo o que não se esperava dele. Ele sempre seria o meu favorito, e sempre partiria mais meu coração. Porque Steve lutara até o último segundo, e não havia sido o suficiente.
Rodolfo era o benfeitor. Ele amara os três, ele cuidara dos três. Ele lutara pelos três. Ele perdoara os três. O destino daquela vez, no entanto, não estava nas suas mãos.
E eu?
Eu era o teimoso. E acreditem ou não, a teimosia Uzumaki pode ser uma arma mais poderosa do que a maldição de uma deusa do destino rancorosa.
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A PORTA SE FECHOU PESADAMENTE ATRÁS DOS QUATRO. Davlin mantinha um agarre forte no braço de Aeron, andando em passos largos durante todo o caminho desde que saltaram dos cavalos. Noland vinha logo atrás, Ewen com uma mão calmante em seu ombro, tentando o impedir de interferir e piorar toda a situação.
—Por que interferiu? O que pensas que estás a fazer, Aeron?!
A voz de Davlin era fria e cortante, como vinha sendo nos últimos tempos. A expressão de Aeron não mudou com isso. Os olhos azuis pareciam ainda mais cinzentos, a boca em uma linha reta irritada.
Atrás dele, Noland parecia incerto entre concordar com o tio ou ficar irritado pela forma como ele segurava o braço do outro rapaz com violência. Ele também estava irritado como Aeron. Ele havia tirado sua autoridade em frente a todos, interferido com uma punição e ainda humilhado todos os soldados ao redor.
As pessoas já comentavam sobre ele. Havia rumores sobre sua influência com o líder de templo, sua influência em todos eles. E agora ele piorava tudo, e pelo quê?
—Aeron, era só um selvagem. Ele havia nos contestado!
—Um selvagem? — a voz dele era fria. Os olhos saindo de onde encaravam os furiosos de Davlin para o seu rosto. — Davlin contou de onde eu vim, Noland? Que eu também sou um selvagem, como tanto falam?
—Você não é um deles, Aeron. — Davlin puxou seu braço novamente, em um aperto forte. — Vocês dois, saiam.
Ewen que até então estava calado fitou Aeron de forma preocupada. Ele o conhecia bem o bastante para ver a expressão homicida por trás daqueles olhos.
—Eu não acho que...
—Saiam! — O grito os fez pular levemente. A expressão de Davlin era de puro ódio, e sabia que não era apenas pelo que havia acontecido essa manhã. Era um acúmulo de muitas coisas. Ainda assim não temia por Aeron, como Noland fazia: Ele temia por seu tio. Ele não fazia ideia do que Aeron era capaz.
Quando a porta se fechou atrás dos dois, Davlin empurrou o outro contra a estante, o rosto ainda mais furioso. Aeron nem mesmo piscou, os olhos nos seus eram frios como uma geada, e isso o deixou ainda mais irritado.
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Seacht
FanfictionQuatro almas presas em um ciclo vicioso que começou na Irlanda centenas de anos atrás. Aquela era a sétima chance. A sétima e última chance. [Escrita em parceria com escritora Bya]