C H A P T E R 4

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Julian

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Julian

Após exatos cinco minutos, a mendiga maluca continuava gritando no centro do quarto.

Reprimi a vontade de rir e, ao mesmo tempo, o desejo de correr para longe.

— Acalme-se, querida. — minha mãe tentou ajudar. Ela se aproximou da garota, que a encarou com os olhos arregalados e uma expressão ameaçadora.

— Afaste-se imediatamente! — a ruiva apanhou o celular de cima do criado-mudo e o empunhou como se fosse uma espada.

Minha mãe recuou, e Steve me lançou um olhar divertido.

— Eu não vos conheço e confesso que estão me alarmando com esses trajes duvidosos. — a garota nos encarou, confusa e, eu segurei o riso para sua maneira de falar.

Até que para uma moradora de rua, ela era bem instruída. E estranha ao falar de nossas roupas, quando as dela não passavam de verdadeiros farrapos. Era o cúmulo da ironia!

— Não queremos machucá-la. — minha mãe falou suavemente, surpreendendo-me. Acho que gostou mesmo da garota.

— Sois do teatro? — A garota ignorou minha mãe, encarando-me com olhos incrivelmente verdes.

Eu a encarei de volta, abrindo um sorriso quando ela desviou o olhar com as bochechas vermelhas.

— Não, claro que não. — disse mamãe, confusa. — Só queremos ajudar você.

— Não compreendo. — a garota pôs a mão na cabeça como se ela fosse explodir a qualquer momento, então tornou a olhar ao redor e para nós. — Estou deveras confusa com tudo isso. Eu me encontrava em uma viela e...

— Sim, estava. — comentei irônico, ganhando sua atenção. — A gente te encontrou desmaiada na Crichton Melville. Acho que você pegou uma pancada na cabeça, sei lá. Havia um hematoma na sua testa e Steve... — apontei o meu amigo. — E eu a trouxemos para cá.

A garota assentiu, com o olhar perdido antes de seguir calmamente em direção à janela do quarto; de lá era possível se ter uma boa visão da rua pouco movimentada. O espaço onde morávamos era restrito e estávamos no segundo andar da mansão dos meus pais.

Observei a ruiva com as mãos no parapeito, então decidi ir até ela, ficando ao seu lado. Ela me ignorou, observando os carros que percorriam a rua lá embaixo.

Sorri de seus olhos espantados.

— Ahhhh! — eu me sobressaltei com o seu grito.

Franzi o cenho, notando que seu rosto estava pálido.

— O que houve? — perguntei só por perguntar, estranhando sua reação.

— O que diabos é aquilo? — deu um gritinho estridente e, tapei os ouvidos assim como Steve.

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