EPÍLOGO

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Dias depois...

20h32min

Mansão Stanford

Aquela noite estava preenchida por música e conversas animadas. Uma festa em pleno sábado foi ideia de Julian, além disso, Kate Stanford estava se divertindo com velhas amigas e não criou empecilhos para que a comemoração não acontecesse. Ela observava o filho abraçado a certa ruiva, com um belo sorriso no rosto. Gostava do belo casal que formavam. Era algo para se admirar.

— É formidável ter documentos. Agora realmente sinto que faço parte desse século. — Elizabeth sorriu para Julian, que sorriu de volta. — Louis também ficou satisfeito por ter conseguido fazer o mesmo. Ele tem muitos planos, como voltar a estudar e, como trabalha no Darky Opening, já tem um emprego. No meu caso, preciso terminar os estudos, conseguir um trabalho e...

Julian pressionou o dedo contra os lábios dela, interrompendo-a.

— Podemos não falar disso agora? Temos muito tempo ainda.

Ela assentiu. — Desculpe-me.

— Ei, não precisa se desculpar. Sei que está entusiasmada com tudo isso. Na verdade, só quero passar um tempo sem esse lance burocrático na cabeça. Preciso me concentrar somente em sua singela beleza. — sua voz soou divertida.

— Desde quando se tornou um cavalheiro. — ela rodeou seus ombros com os braços. — Não se force a parecer tão cortês. Prefiro-o mais ousado.

— Verdade? — Julian levou os lábios até sua bochecha, sorrindo contra a pele clara. Hesitou antes de falar o que o estava incomodando há dias. — Tenho que confessar uma coisa. Eu...

— Ei, casal do ano! — Melinda surgiu atrás dele, fazendo Liza soltá-lo.

Respirou fundo, irritado pela interrupção.

— Olá. Está se divertindo? — Elizabeth sorriu para a garota.

— Estou. Aliás, viram Louis e Lucille?

— Estão bem ali. — Julian apontou o outro lado da piscina.

Lucille encarava Louis com admiração enquanto ele relatava suas aventuras antes de vir para o atual século. Nem tudo fora ruim, afinal.

— Então o marinheiro possuía dentes horríveis, daqueles que assustam e cheiram mal, mas tinha boas histórias. Em minha opinião, era um verdadeiro bardo.

— Contador de histórias? — Lucille deduziu.

— Sim. Edgar citava suas aventuras por diversas cidades e portos que havia visitado; histórias verdadeiramente fantásticas e mirabolantes. Ele era tão convincente que eu cheguei a acreditar em seus relatos e...

Lucille o pegou de surpresa com um beijo.

E ele já não tinha mais nada para falar. Sua reação imediata foi retribuir. Além disso, Lucille mexia com seus sentimentos de uma forma extraordinária e ele não queria afastá-la.

Quando seus lábios se desconectaram e ela sorriu, Louis esqueceu o que tinha para falar.

— Acho que se acertaram. Formam um belo casal, não acham? — Melinda comentou, antes de encarar os outros dois.

Julian assentiu.

— Sim, formam. — Elizabeth esboçou um sorriso.

— Tenho que ir. Preciso continuar apreciando a festa. Divirtam-se. — Melinda estava prestes a se virar.

— Ei, espera! — Julian chamou, fazendo-a encará-lo.

— O que foi?

— Obrigado.

— Hm? Pelo quê?

— Por ter trazido Elizabeth para mim.

— Mas você ajudou e...

— Não, não me refiro àquele dia. Eu me refiro ao fato de você ter sido a responsável por eu conhecer essa garota incrível. Se não tivesse alterado o século dela, eu não a teria conhecido e minha vida seria a droga monótona de antes. — disse isso encarando Liza, que sorriu.

— De nada. — Melinda maneou a cabeça, encarando-os com um olhar divertido. — Sinto-me feliz por ter feito algo legal. Espero que possa desabafar com ela sobre o que o está incomodando, Julian. Até mais. — murmurou enigmaticamente antes de se afastar.

Elizabeth o abraçou pela cintura, encarando-o atentamente.

— O que ela quis dizer? O que o está incomodando?

— Eu... bem. — respirou fundo, olhando-a nos olhos. — Nem sei como dizer isso, mas eu...

— Só fale. Não vou te pressionar. Na verdade, eu também preciso di...

— Estou apaixonado por você!

Liza ficou boquiaberta.

Julian estava se confessando?!

— O quê? Não vai dizer nada? — questionou Julian, nervoso. — Eu não queria te assustar.

— E não assustou. Pelo contrário. Foi de longe a declaração de afeto mais bonita que já ouvi. — murmurou, sentindo-se extremamente feliz. — Eu também.

— Você também o quê? — Julian sorriu, prevendo o que ela iria dizer.

— Também me apaixonei, irremediavelmente, completamente, por você.

O sorriso dele se ampliou.

— Isso é sensacional. — ele não cabia em si de felicidade. — Posso te beijar?

— Não sem antes fazer o pedido.

Julian franziu o cenho.

— Pedido de quê?

— Oras, de namoro!

Ele voltou a sorrir.

— Claro, senhorita Thompson. — pigarreou antes de dizer. — Quer namorar comigo?

— Hm, deixe-me pensar. — ficou pensativa, fazendo-o encará-la com diversão. — Acho que sim.

— Acha?

— Não, tenho certeza. — sorriu antes de puxá-lo para um beijo.

E enquanto seus lábios dançavam em sintonia, Julian percebeu que Home do Passenger tocava ao fundo, como a trilha sonora perfeita para um tão maravilhoso destino.

FIM!!!

Olá, pessoal

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Olá, pessoal.

Chegamos ao fim dessa história e estou muito feliz em tê-la compartilhado com vocês.

Espero que tenham gostado.

Obrigada!

Beijos de luz, Lucy Saycer.

Precioso DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora