C H A P T E R 8

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Elizabeth

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Elizabeth

Assim que coloquei os pés para fora do palácio (na minha concepção não era menos que isso), ampliei os olhos, maravilhada.

O calçamento em frente à casa não era de pedras; parecia feito de uma material muito mais estável e escuro. Havia arbustos por todos os lados e jardins verdejantes, além de flores.

Quando nos aproximamos do tal carro, quase pulei quando Kate liberou uma das portas sem propriamente tocá-la. Avistei o objeto em sua mão que parecia controlar o automóvel e não perdi muito tempo pensando nisso antes de entrar na parte traseira do carro cor de vinho. Assim que me acomodei no banco, surpreendi-me com a maciez e com a forma como o material parecia me abraçar.

As duas mulheres foram na parte da frente, e o fato de Kate está controlando o automóvel deixou-me maravilhada. Não havia nenhum homem por perto, controlando-a ou vigiando-a como é comum com mulheres ricas em Londres. Tudo parecia tão diferente do que eu costumava ver, que decidi parar de pensar muito sobre isso. Eu só perderia meu tempo tentando decifrar esse enigma.

Kate arrancou com o carro, e a velocidade do mesmo me surpreendeu. Com certeza era muito mais rápido do que uma charrete.

O que mais me deixou desconfortável e espantada durante todo o trajeto foi realmente ver o que Londres se tornou após o meu desmaio. Não era o mesmo lugar que eu pouco conhecia, na verdade não guardava qualquer semelhança se eu fosse considerar aquelas coisas gigantescas que Susan descreveu como arranha-céus. Eles me deixaram abismada, em absoluto.

Havia carros por toda parte, de diferentes tipos e cores. Além deles, Kate me falou sobre outros veículos - caminhões e motos -, além do tal semáforo. Nem preciso dizer que fiquei em estado de choque ao me deparar com tantas curiosidades.

Cada vez mais, tudo isso não se parecia com uma fantasia criada pela minha cabeça.

Mas como era possível?!

Quando Kate estacionou o carro em frente ao prédio que descreveu como shopping, saltei para fora. Meus olhos estavam fixos na construção enorme e singular.

— Bonito, não é? — ela me encarou, compreensiva.

Assenti lentamente, sem proferir uma palavra. Eu estava abismada demais para sequer abrir a boca.

Preparei-me para segui-la para o interior do shopping, quando ouvi um barulho assustador acima de nossas cabeças. Dei um pulo seguido de um grito de pânico assim que avistei o enorme pássaro de ferro voando em uma altura considerável.

Algumas pessoas por ali riram de mim e eu não entendi o motivo de estarem tão calmas, quando aquela criatura medonha voava acima de nós.

Susan me lançou um olhar divertido. Algo me disse que ela estava tentando não rir.

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