C H A P T E R 12

1.7K 197 28
                                    

Elizabeth

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Elizabeth

Três dias depois, minha educação particular teve início.

Frank Paisley era um bom professor, embora seus gestos exagerados e afeminados causassem-me estranheza. Mas isso era um ponto positivo em minha convivência com Julian, que parecia não me suportar.

Na verdade, não trocávamos uma palavra e sempre que eu me aproximava inocentemente, ele fazia questão de sair com o semblante irritado.

Eu até poderia o entender, porque devia ser demais para ele ter uma estranha em casa, mas me intrigava que ele próprio tenha me trazido para cá, o que provava que sua irritação não tinha muito sentido.

Com o cenho franzido, eu ouvia Frank me apresentar à matéria de história. Acentuei meu semblante de espanto conforme ele fazia um breve resumo sobre o que aconteceu nos séculos anteriores. Depois estudamos matemática, mas eu ainda pensava no que ele acabara de dizer acerca dos acontecimentos históricos.

Quando meu professor particular foi para casa, eu continuei devorando os livros de história e cada acontecimento. Fiquei assombrada assim que li um pouco sobre o cenário histórico de Londres no século dezoito e no quanto tudo foi evoluindo com o passar dos anos. Houve guerras, conflitos terríveis, reis foram depostos, outros subiram ao trono e, para meu aterramento, a população pobre foi a mais atingida negativamente.

Passei o dia inteiro na biblioteca enorme da mansão, lendo muitos livros de história, e também alguns de biologia que me fizeram ofegar de espanto a cada página. Durante o resto da semana, continuei frequentando a biblioteca e fazia descobertas incríveis. Aprendi até mesmo a usar o objeto conhecido como laptop e até fazia pesquisas na estranha e singular internet.

E através dessas pesquisas pude chegar a uma conclusão. Eu estava mesmo no século 21 e aconteceram muitas coisas anteriormente. Tudo apontava para a realidade de que viajei mesmo no tempo.

Mas como isso era possível? Como eu literalmente saltei diversos anos e fui parar no século 21? E tudo isso depois de ter...

Encontrado aquele muro de pedras?!

Lembrei-me da expressão do vendedor e ele parecia amedrontado com alguma coisa, como se tivesse visto a morte em pessoa.

Mas o que tinha demais em um muro, fora o fato de que ele não estava lá antes?

Franzi o cenho, guardando o livro de volta na prateleira.

Eram tantas perguntas. Tantos fatos estranhos e nenhum deles conseguia explicar eu estar passando por algo tão inacreditável quanto uma viagem no tempo.

Eu? Uma viajante do tempo?

Eu parecia ter mergulhado em algum livro mirabolante de fantasia e não na vida real.

Com a mente confusa, abandonei a biblioteca e segui até o quarto em que estava acomodada.

Tranquei a porta atrás de mim, seguindo até a janela enorme. Com um suspiro, afastei a persiana, estudando o céu acima de mim. Notei algo diferente. Havia tantas luzes artificiais nesse século que eu já não conseguia admirar as estrelas como antes. Isso era algo ruim, porque eu gostava de admirá-las.

Precioso DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora