Julian
Na manhã seguinte...
Que droga estava acontecendo?
Vasculhei cada canto da casa à procura de Elizabeth, mas ela desapareceu. Eu estava aflito e cheio de remorso depois da nossa despedida abrupta noite passada e minha mãe tentava me tranquilizar de alguma forma.
— Não acha que ela pode está na casa de alguma amiga?
Eu a encarei, cético.
— Que amiga? Ela não conhece ninguém nessa cidade, além de nós.
— Tem certeza?
— Que eu saiba, ela não tem ninguém. — respirei fundo, preocupado. Pensei em Melinda, então imaginei que Liza não seria tão inconsequente ao ponto de procurá-la. Aposto que nem sabia onde a maluca morava, e não se arriscaria por aí.
Decidi vasculhar o sótão e outros cantos mais restritos da mansão, mas não havia sinal dela.
Onde Liza se meteu? Será que foi embora?
Senti um frio no estômago só em imaginar a ideia, e minha mãe me deixou sozinho com meus pensamentos.
Um dia depois, eu era a imagem do desespero e minha mãe não estava muito diferente.
Estávamos na sala de estar e eu até tentei me manter calmo e pensar em uma alternativa para encontrá-la, mas eu não fazia ideia de por onde começar.
— Acho que devemos avisar a polícia. — mamãe ponderou.
Respirei fundo
— Não seria uma má ideia.
— Eu vou ligar. — ela correu até o telefone.
Tentei pensar em algo, então novamente me veio à cabeça que Elizabeth havia estado com Melinda. E se a garota tiver revelado seu endereço para a Liza? O problema é que eu não sabia onde ela morava; o que não ajudava muito. Minha mente ficou preenchida pela minha última conversa com Liza. Ela disse que iria para onde tudo começou.
Mas o que isso significava?
Onde tudo começou?
— Sim. Ela está desaparecida há um tempo. Estamos desesperados sem notícias. —minha mãe estava ao telefone. — Não temos ideia do paradeiro dela... não, ela não conhece ninguém na cidade, apenas algumas pessoas com quem não tem tanta intimidade...
Eu me ergui do sofá de um pulo, com os olhos arregalados pela compreensão.
Como não pensei nisso antes?
Quando me dei conta, eu já estava pegando as chaves do carro e correndo em direção à porta principal.
— Onde está indo? — minha mãe afastou o telefone da orelha.
— Acho que sei onde ela está. Não demoro. — segui para fora.
Que droga eu estava fazendo na Crichton Melville?
Bom, talvez não tenha sido uma boa ideia no fim das contas!
Segui até a única casa na minha linha de visão, e em poucos segundos eu estava batendo na porta de numeração 34 com insistência. Que eu me lembrava, tudo começou ali, afinal foi naquele lugar que conheci Elizabeth. Talvez o único morador da área tenha visto algo. Eu ainda achava estranho o fato de ele não ter vizinhos, além dos casebres abandonados ao redor.
Muito estranho...
A porta se abriu de repente, assustando-me.
Eu me afastei um pouco, então meus olhos colidiram com a pessoa que abriu a porta.
Ela me encarou, como se soubesse que eu estaria ali.
— Melinda?! — o nome saiu em um sussurro espantado. — Você mora aqui?
Ela assentiu.
— Claro. O que você quer?
— Elizabeth sumiu. Preciso encontrá-la.
Ela encolheu os ombros. — Tenho que informar que alguém já chegou muito antes de você. — disse, antes de sair da frente da porta, dando-me uma visão do interior da casa.
Confuso, tentei entender suas palavras, então meus olhos colidiram em cheio com o cara sentado no sofá ao lado de uma garota de cabelos escuros.
Eles me encararam, igualmente surpresos.
Melinda se aproximou.
— Julian... — pousou a mão sobre meu ombro, então suspirou. — Conheça Louis Tiernan; o melhor amigo de Elizabeth.
Se ela queria me pegar de surpresa, então conseguiu porque eu realmente não consegui esconder a careta de espanto.
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Precioso Destino
FantasyO ano é 1773. Elizabeth Thompson conhece as ruas de Londres como a palma de sua mão e sabe que roubar é o único jeito de sobreviver. Após uma perseguição pós roubo, ela acaba encontrando um obstáculo estranho: um muro de quase quatro metros, obstru...