C H A P T E R 17

1.6K 194 33
                                    

Elizabeth

Durante a tarde de sábado, decidi seguir para meu novo melhor lugar do mundo: a biblioteca. Tenho desvendando muitos mistérios sobre o século 21 e tenho viajado pelas páginas de livros históricos a científicos. E as descobertas não acabavam.

Corri os dedos pela capa de um livro com o título O Universo Numa Casca de Noz e estava prestes a abri-lo quando a porta se abriu com um estrondo, sobressaltando-me.

Eu me virei, assustada, então relaxei ao ver Julian.

Ele se aproximou.

Minhas bochechas esquentaram assim que notei que o mesmo encontrava-se sem camisa, apenas com uma calça escura e tênis. O cabelo estava molhado de suor assim como o torso nu. Eu me obriguei a desviar os olhos do seu peito e subi o olhar até seu rosto.

Era impressão minha ou ele estava tentando não sorrir?

— Olá — murmurei, devolvendo o livro para a prateleira. Fingi escolher outro, evitando encará-lo.

— Estava lendo o quê?

Puxei outra vez o livro da prateleira, mostrando-o. — O Universo Numa Casca de Noz.

Julian fez uma careta.

— Parece chato. — revirei os olhos.

— Como soube que eu estava aqui?

— Deduzi e acabei acertando. — ele se esparramou em um sofá antes de puxar um livro da prateleira mais próxima. Sua respiração estava pesada, como se tivesse praticado exercícios recentemente. Isso devia explicar a vestimenta e os tênis, além do suor.

— Parece cansado. – comentei.

— Eu estava na academia na mansão, fazendo uns exercícios.

— Quer ficar mais forte? — sorri.

— Talvez ganhar alguns músculos. — ficou de pé, aproximando-se. — Mas acho que não preciso disso, não é mesmo?

Fiquei apreensiva com a sua proximidade. Tentei ignorar a visão da sua pele nua, mas ele já devia ter percebido meu constrangimento.

— O que está fazendo? — questionei em um fio de voz quando ele espalmou cada lado da prateleira, encurralando-me. Minha respiração ficou acelerada assim como meus batimentos cardíacos.

— Você me acha bonito, Elizabeth?

— Eu... não sei. — desviei o olhar do seu rosto, envergonhada.

— Sabe sim, ruivinha. Acha-me bonito? — sussurrou, com os lábios quase tocando minha bochecha. Tentei regular minha própria respiração, então o encarei.

— Sim, você é bonito. — sussurrei de volta.

Ele sorriu abertamente. — Você também é.

Tentei ignorar a satisfação interna com suas palavras, mas isso era impossível.

Ele se inclinou para mim, então...

— Julian? — uma voz destruiu o momento, fazendo-me empurrá-lo levemente para longe. Ele se afastou confuso, antes de se virar para a garota na entrada. Erika estava nos encarando com confusão e eu tentei não pensar no que teria acontecido caso ela não tivesse chegado.

— Ei, Erika. O que está fazendo aqui? — abriu um sorriso forçado.

— Eu vim te ver. A governanta me deixou subir.

— Hm, é sobre algum trabalho da escola?

— Não. — Erika se aproximou dele, evitando-me. — Quero falar com você... – então me encarou. — A sós.

Entendi o recado e ignorando a voz de Julian atrás de mim, saí da biblioteca com os pensamentos agitados e confusos.



Votem e Comentem!

Precioso DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora