Elizabeth
Durante a tarde de sábado, decidi seguir para meu novo melhor lugar do mundo: a biblioteca. Tenho desvendando muitos mistérios sobre o século 21 e tenho viajado pelas páginas de livros históricos a científicos. E as descobertas não acabavam.
Corri os dedos pela capa de um livro com o título O Universo Numa Casca de Noz e estava prestes a abri-lo quando a porta se abriu com um estrondo, sobressaltando-me.
Eu me virei, assustada, então relaxei ao ver Julian.
Ele se aproximou.
Minhas bochechas esquentaram assim que notei que o mesmo encontrava-se sem camisa, apenas com uma calça escura e tênis. O cabelo estava molhado de suor assim como o torso nu. Eu me obriguei a desviar os olhos do seu peito e subi o olhar até seu rosto.
Era impressão minha ou ele estava tentando não sorrir?
— Olá — murmurei, devolvendo o livro para a prateleira. Fingi escolher outro, evitando encará-lo.
— Estava lendo o quê?
Puxei outra vez o livro da prateleira, mostrando-o. — O Universo Numa Casca de Noz.
Julian fez uma careta.
— Parece chato. — revirei os olhos.
— Como soube que eu estava aqui?
— Deduzi e acabei acertando. — ele se esparramou em um sofá antes de puxar um livro da prateleira mais próxima. Sua respiração estava pesada, como se tivesse praticado exercícios recentemente. Isso devia explicar a vestimenta e os tênis, além do suor.
— Parece cansado. – comentei.
— Eu estava na academia na mansão, fazendo uns exercícios.
— Quer ficar mais forte? — sorri.
— Talvez ganhar alguns músculos. — ficou de pé, aproximando-se. — Mas acho que não preciso disso, não é mesmo?
Fiquei apreensiva com a sua proximidade. Tentei ignorar a visão da sua pele nua, mas ele já devia ter percebido meu constrangimento.
— O que está fazendo? — questionei em um fio de voz quando ele espalmou cada lado da prateleira, encurralando-me. Minha respiração ficou acelerada assim como meus batimentos cardíacos.
— Você me acha bonito, Elizabeth?
— Eu... não sei. — desviei o olhar do seu rosto, envergonhada.
— Sabe sim, ruivinha. Acha-me bonito? — sussurrou, com os lábios quase tocando minha bochecha. Tentei regular minha própria respiração, então o encarei.
— Sim, você é bonito. — sussurrei de volta.
Ele sorriu abertamente. — Você também é.
Tentei ignorar a satisfação interna com suas palavras, mas isso era impossível.
Ele se inclinou para mim, então...
— Julian? — uma voz destruiu o momento, fazendo-me empurrá-lo levemente para longe. Ele se afastou confuso, antes de se virar para a garota na entrada. Erika estava nos encarando com confusão e eu tentei não pensar no que teria acontecido caso ela não tivesse chegado.
— Ei, Erika. O que está fazendo aqui? — abriu um sorriso forçado.
— Eu vim te ver. A governanta me deixou subir.
— Hm, é sobre algum trabalho da escola?
— Não. — Erika se aproximou dele, evitando-me. — Quero falar com você... – então me encarou. — A sós.
Entendi o recado e ignorando a voz de Julian atrás de mim, saí da biblioteca com os pensamentos agitados e confusos.
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Precioso Destino
FantasyO ano é 1773. Elizabeth Thompson conhece as ruas de Londres como a palma de sua mão e sabe que roubar é o único jeito de sobreviver. Após uma perseguição pós roubo, ela acaba encontrando um obstáculo estranho: um muro de quase quatro metros, obstru...