Capítulo 22

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No dia seguinte, minha manhã foi normal, deixei Kaila no trabalho e vou para o meu, na hora do almoço já havia terminado os relatórios que o Marcos pediu. Finalmente chegou a hora de ir embora, e senti meu celular tocar, era a Kaila.

— Oi amor.

— Você pode ir no colégio do Kaleo? — Ela disse uma pouco afobada.

— Aconteceu alguma coisa? —Perguntei preocupado.

— Kaleo brigou na escola, algum responsável tem ir na escola, eu não posso sair daqui agora, estou esperando mercadoria chegar. Não quero pedir meus pais, porquê você sabe né?!

— Tudo bem, estou saindo agora, vou lá ver a merda que ele fez. — Falei rindo.

— Não ri Leonardo e vê se briga com ele, não quero Kaleo assim. — Ela disse realmente séria.

— Sim senhora, e relaxa que sei ser pai OK? Vou desligar e vou lá. Beijos.

— Tudo bem, beijos.

Ela desligou e eu fui até onde estacionei o carro, entrei no mesmo e segui até a escola do Kaleo, parei o carro na porta de entrada, saí da escola e entrei na mesma, caminhei até a secretária.

— Eu sou pai do Kaleo. — Disse assim que abri a porta.

— Pode se sentar Senhor Leonardo, — Ela chamou uma menina que estava no corredor. — trás o Kaleo aqui. — Ela se ajeitou e voltou a me olhar. — Bom, seu filho tem tido um comportamento muito agressivo. Hoje ele socou seu colega de classe.

— Kaleo não costuma ser assim, ele disse o que o menino fez com ele? — Perguntei estranhando. Realmente Kaleo nunca foi agressivo.

— Acho que independente do que o Guilherme tenha feito. São crianças, Kaleo tem 6 anos, não deveria agir assim. — A mulher falou séria e a porta se abriu.

Kaleo entrou e foi para perto de mim.

— E ae moleque, — Peguei-o e coloquei sentado na minha perna. — o que aconteceu?

— O Guilherme falou de você papai, ai eu meti a porrada nele. — Kaleo disse me olhando e cruzou os braços, como se tivesse com muita raiva.

— O que ele falou? — Perguntei olhando para o Kaleo.

— Que você era marginal, que o pai dele falou que não é para ele falar comigo, porquê eu vou crescer e ser que nem você. Ele me empurrou e bati nele pai. — Olhei sério para diretora.

— E quais foram as medidas tomadas contro o tal do Guilherme? — Perguntei e ela me olhou .

— Seu filho o agrediu fisicamente...

— Como a senhora disse, são duas crianças que erraram, e as duas merecem a mesma punição. Por que ele é filho do prefeito não sofre nada? Eu pago esse colégio, assim como ele. Aqui somos iguais, ele não é melhor que ninguém. A próxima vez que isso acontecer, eu vou processar esse colégio, e processar você. Espero que isso não se repita. — Levantei da cadeira e segurei a mão do Kaleo.

— Desculpa-me Senhor, — Ela disse gaguejando. — eu só agi conforme as normas.

Dou uma última olhada séria e saio da sala, caminhei até o carro e coloquei o Kaleo na cadeirinha.

— Não vai brigar comigo? — Kaleo perguntou e o encarei.

— A gente vai conversar, quando chegar em casa. — Terminei de apertar o cinto da sua cadeira e fui para o banco do motorista.

— Pai o que é marginal? — Respiro fundo e olho para ele de novo.

— Quando a gente chegar em casa, papai conversa com você.

Proibida pra mim - 2 TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora