Capítulo 34

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Kaila parecia está o piloto automático, ela parou de chorar, mas estava como se não estivesse aqui.

— Pronto, isso dá para vocês passarem uns dias. — Falei e fechei a mala.

Eu estava me sentindo um merda, mas eu tinha que fingir que estava bem, que tudo ia ficar bem. Kaila precisava disso.

— Vamos Kaila. — Peguei a mala e estiquei minha mão para ela segurar.

Ela me olhou e levantou sozinha, me deixando com a mão esticada. Respirei fundo e a segui. Saímos do quarto, passamos pela sala onde mais tinha coisas quebradas. Andamos até o carro, coloquei a mala na parte de trás do carro e entrei no carro.

— Sabe quando você se entregou para polícia? — Sussurrou e desviei meu olhar para ela. — Eu estou com uma sensação parecida. — Deixou algumas lágrimas cair do seus olhos. —

— Kaila para, pelo amor de Deus. Eu não vou ser preso de novo, eu não fiz nada.

— É por isso meu desespero, — Sua voz ainda saia sussurrada. — porque é uma sensação pior, de algo muito pior.

— Amor, eu sei me cuidar. — Levei minha mão no seu cabelo e acariciei o meso.

— Você não tem peito de aço Leonardo. Pelo amor de Deus, vamos dá um jeito de sair país, mas não me deixa, por favor. — Ela me olhou e disse entre soluços.

— Kaila eu nunca perdoaria se acontecesse algo com vocês, por minha causa. Não faz isso. Você está falando como se eu fosse para outro lugar ou então morrer, calma, isso não vai acontecer. A gente vai dá um jeito nisso e eu vou ver meu filho ou filha nascer. Eu prometo.

Selei seus lábios, afastei-me e liguei o carro, dirigi até a casa dos pais da Kaila.

— Eu não vou entrar não, já estou com a cabeça cheia para ouvir as gracinhas do seu pai. — Falei e desci do carro.

— Vai falar com o Kaleo, pelo menos. — Disse e desceu do carro.

Peguei as malas de dentro do carro, Kaila pegou as chaves da casa dos pais dela e abriu o portão. Entramos, e os pais da Kaila estavam sentados na mesa comendo junto com Kaleo.

— Papai! — Kaleo levantou da mesa e veio na minha direção.

— Boa noite. — Falei alto, e apenas a Dona Taila respondeu. — E ae moleque, — Abaixei-me na altura do Kaleo e baguncei seu cabelo. — como foi a escola hoje?

— Tirei dez no trabalho pai, joguei futebol. — Ele disse animado.

— Parabéns garotão! Papai está orgulhoso de você. — Segurei ele no colo. — Preciso de um favor seu, posso contar com você? — Ele assentiu. — Cuida da sua mãe por uns dias? Papai vai ter que viajar por uns dias, ai você vai ser o homem da casa, posso contar com você?

— Pode, vou cuidar da mamãe. Para onde você vai? — Ele perguntou um pouco intrigado.

— Kaleo vai para o quarto. — Kaio disse firme, eu não queria brigar então não falei nada.

Dei um beijo no Kaleo e ele me abraçou.

— Não demora pai. — Ele disse descendo do meu colo e eu sorri para o mesmo.


Proibida pra mim - 2 TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora