Até que eu vά

𝑣𝑖𝑛𝑡𝑒 𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑐𝑜

Ellen entrou em sua casa batendo forte a porta atrás de si. O estrondo alto fez com que Patrick aparecesse prontamente na sala. Ela o olhou rápido e jogou sua bolsa sobre seu sofá. O moreno pode notar seu olhar diferente, mas nada disse, esperando que ela dissesse qualquer coisa.

Ellen foi até seu armário de vidro, onde ela guardara as bebidas, ela pegou uma garrafa de vinho e caminhou para a cozinha a procura de uma taça. Patrick a seguiu, estranhando toda a sua atitude.

- Sua esposa foi até sua empresa. - Sua calma soava no ambiente, enquanto despejava o líquido na taça que ela acabara de pegar. - Vai querer? - finalmente ela o olhou novamente.

- Nos meus planos, nós estávamos sã para sairmos juntos. - Sua respiração saiu pesada ao notar a indiferença da mulher em sua frente. Não parecia Ellen.

- Você precisa fazer planos com sua esposa, não comigo. - Patrick sentiu uma pontada forte o atingir. - Aliás, ela conversou comigo.

Um gole generoso do vinho foi tomado, sua taça que estava cheia, agora estava na metade. Ela o encheu novamente.

- Ela me contou sobre seu lado... bem, como posso dizer, seu lado sujo. - Sua risada irônica assustava Patrick.

- Posso saber do que ela encheu sua cabeça? - O pano de prato que estava em seu ombro foi parar na mesa, ele se aproximou e pegou a taça afastando de Ellen. Ela trancou os dentes.

- Não seja infantil, me devolva isso! - Sua voz brava saía junto de uma revirada de olhos.

- Sou mesmo eu quem está sendo infantil? - Seu tom era sério. - Por quê quem está se mordendo de raiva pelo sei lá o quê, que Jillian encheu sua cabeça, é você, não eu.

- Não sou eu que durmo com minha secretaria. - Disse de uma vez, indo até ele e pegando sua taça novamente. - Não estou me mordendo de raiva, só estou percebendo o quanto eu fui burra. Isso é uma coisa sua, dormir com suas comandadas... é apenas para satisfazer seu fetiche. E eu, fui só mais uma. - Ela derramou em sua boca, todo vinho de uma só vez. Caminhando para longe dele.

- Jesus, Ell, você não pode acreditar em tudo que ouve! Isso é uma coisa de Jill! Ela realmente acha que tenho algo com Ângela. - Sua voz era calma, denunciando algum tipo de medo/aflição.

- E quem me garante que não? Se você faz comigo, o que me garante que não faz com ela? Hein, pode me dizer Dempsey? - Ela se virou para ele com o olhar triste. - Quem me garante que você não está aqui comigo, mas depois irá fugir para ela? - seu peito descia e subia rápido.

- Eu te garanto! - Sua voz soou baixo. - Ellen, por favor... não pense assim... O que eu disse que sinto por você, não é algo inventado, eu realmente sinto. - Ele disse sincero, sua voz estava abatida.

- Droga! - Exclamou. - Me desculpe, eu não quis insinuar nada sobre você...

- Certo, eu entendi. - Disse baixo, se virando de costa para ela.

- Patty, ei. - Foi até ele, ela o virou para si, mas Patrick não quis olha-la. - Tudo bem que esteja bravo, mas olhe para mim! - exigiu.

- Não estou bravo, estou bem. - Mentiu.

- Sim, consigo ver. - Ela disse irônica. - Eu não sou insegura sempre, isso foi apenas um... bem, não sei exatamente o que é isso. Foi apenas algo ruim, me desculpe por isso. - Disse pegando em seu queixo, firmando os olhos dele nos seus.

- Só não duvide do que sinto por você, isso dói. - Disse calmamente, quase sussurrando.

- Desculpe. - Soprou. Eles sorriram, e Ellen o beijou.

...

Ellen estava terminando sua maquiagem, quando ouviu Patrick chamar seu nome. Ela passou seu batom nude e arrumou seu cachos que caíam sobre os ombros. Ellen sorriu com satisfação e foi ao encontro de Patrick que já a esperava no andar de baixo.

Ela vestia uma calça preta justa, com rasgo no joelho, um tênis branco combinando com sua regata branca, e um cardigã longo na cor preta caindo por cima.

Patrick sorriu ao vê-la descer. Ele apreciou toda sua beleza, e agradeceu mentalmente ao céus por tê-la.

- Nós combinamos? - Ellen disse brincalhona olhando para ele com a roupa preta e o tênis branco.

Patrick vestia uma calça preta, a blusa também preta, o tênis branco e a única coisa que diferenciava, era a blusa jeans que ele vestia.

- Telepatia, não acha? - brincou. - Você está incrivelmente, linda! - Disse encantado.

- Você está incrivelmente, gostoso, senhor Dempsey! - Sussurrou, ameaçando o beijar. - Vamos, não quero borrar meu batom. - se afastou, fazendo Patrick sorrir com sua provocação.

...

Patrick chamou um táxi para levá-los até o destino programado por ele. Ellen descansava sua cabeça no ombro do moreno, que fazia um carinho leve em seu braço.

Depois de uns trinta minutos, eles chegaram. Patrick ajudou Ellen a sair do carro e pagou a corrida. Eles caminharam pelo gramado, o sol estava começando a se por.

- Onde estamos indo? - Questionou Ellen.

- Espere só mais um pouco. - Respondeu e eles ainda caminhavam.

Foi rápido, para que Ellen entendesse. Andaram um pouco mais, até que Ellen viu diversos balões. De vários tamanhos e cores. Com vários tipos de formato. Patrick sorriu satisfeito, ao notar a feição surpresa e feliz de Ellen. Ele queria surpreende-la, e parece que estava conseguindo.

Um rapaz de pele clara logo se aproximou, ao notar que Patrick havia chego. Ele os cumprimentou e avisou que logo eles estariam voando. A equipe começara a encher o balão, que tinha o formato de um coração. Ellen sorriu genuinamente, enquanto Patrick a admirava.

Quando estava tudo pronto, eles entraram no balão. A equipe entrou depois deles, e falaram alguma coisa. Havia um homem com uma câmera, e um outro preparava um drone para sobrevoar - para filma-los -.

O balão começou a subir, e um frio na barriga atingiu Ellen. Patrick a colocou em sua frente e a abraçou firme na cintura. O sorriso no rosto de ambos demonstrava um felicidade tão genuína, quase que rara no mundo. A vista era linda, vários balões subiam e o céu estava tão azul, deixando tudo perfeitamente como Patrick havia planejado.

- Obrigada por isso, é tudo muito incrível. - Ellen se virou, ficando de frente para ele.

- Eu fiquei com medo de que você não gostasse... mas agora vendo esse sorriso, percebo que não haveria coisa melhor do que isso. - Ele a beijou, suavemente.

O piloto havia subido mais, dando a eles a visão mais ampla de toda a cidade. Era lindo de admirar tudo aquilo, as luzes piscando, tudo estava pequeno. Era algo mágico.

Ellen e Patrick vez ou outra, se perdiam um no outro. Se beijavam de maneira demorada, quase se esquecendo de onde estavam. Patrick não hesitava em elogia-la, parecia sentir necessidade em dizer o quanto era linda, ou do quanto ele estava apaixonado por ela. Ele gostava de falar da cor dos olhos dela, e do quanto ela o completava. Admitia a ela, o quanto ela o fazia bem e feliz. Sussurrava sacanagens em seu ouvido, algo como: "É perfeita a sincronia do encaixe dos nossos corpos."

Eles variavam entre sorrisos e beijos. Um dos homens da equipe os entregou uma garrafa de vinho branco e duas taças. Patrick abriu e os serviu. Brindaram ao destino, agradecendo por ter os unido. Mentalmente pediram para que nunca acabasse, e que este momento fosse eternizado.

Eu nem sei se em LA existe passeio de balão, mas é por isso que se chama fanfic.
Atrasada mas apareci!!!
Eu seria muito má se não desse a eles um outro momento fofinho depois deles dormirem juntos. Aproveitem!!!
Votem e comentem!
Bjooooo no coração. Até logo.
#semrevisão