Doce infância

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   Eu corria desesperada pela longa estrada de barro.

Ria de boca aberta e olhos fechados, sentindo as gotas da chuva me molhar e me dar água.

Era aquele zimbro e aquele vento que faz-me sentir em paz, com gostinho de momentos e lembranças que não lembro, mas sei, de algum modo, que foram bons.

Pisava nas poças enormes, que levantavam com o peso de meus pés e me sujava de lama.

Era aquele tempo de quando éramos crianças e íamos pra roça com nossos pais, ou íamos visitar um parente que mora longe, seguindo à pé.

Era aquele tempo que nos faz sorrir só de lembrar pois tem gosto de infância e é bom.

Era aquele tempo onde éramos mais felizes do que os dias atuais.

Sinto muito dizer que os tempos mudaram, infelizmente só resta lembranças, mas ainda vem com um bom gosto.

Vem como uma lembrança que emociona apesar de não lembrarmos de tanta coisa, e a chuva fina com o vento seguido dela, é como a lembrança de estar sentada em um banco no ônibus e olhar as paisagens através da janela molhada do lado de fora.

Isso me mantém com um pensamento positivo e feliz, embora sejam só vagas lembranças.

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