Certa Vez...

17 2 0
                                    

   “ Você seria capaz de inventar uma história?

— Claro. Eu sou.

O que você acha do mundo?

— É indispensável a resposta?

Isso depende.

(que ótimo, depender. Será que dependo?)

— De quê?

Se você acha sua resposta indispensável então a diga, caso não seja, responda à minha pergunta.

(o que eu acho do mundo? Será que acho? O mundo nem era para ser um assunto, talvez ela esteja perguntando sobre as pessoas que nele se encontra. Será "@óbito@"?).

— Vil, mas é uma verossimilhança. Eu não falo sobre o mundo mas sim sobre os habitantes.

(seus olhos fascinantes encontram os meus e o tanto de palavras que passamos até chegar aqui, ao clímax, ao fim. Eu espero que ela continue sentindo algum sentimento por mim, mesmo que seja pouco, mas que não tenha "reciprocidade").

— Você compara o mundo como descartável para dialogar?

(sorrio confuso. Ela continua sendo "era uma vez...").

Comparo o mundo como o meu lar e de lar não se fala.

(seus olhos fascinantes desviam-se dos meus e suspiro, lembrando da "primeira última das vezes" e buscando acreditar que os sentimentos não são "sentimentos não mais sentidos").

— Eu vejo o mundo como uma história, e certa vez...

O universo para mim é isso: mesmo que as folhas caiam as raízes permanecerão. Não é uma "filantropia pecadora", mas sim, "filantropia ao mundo".

(ela sorrir com seus "olhos tristes" e me faz lembrar do "refúgio de prisão". "Princesa").

— Isso parece uma "superstição ilusória".

(seu sorriso cresce e seus olhos fascinantes voltam aos meus. Que "olhar liberdade").

— Eu entendi. Mesmo que as folhas caiam é o mesmo que o fim do mundo aos poucos, e as raízes permanecerão é como a resposta disso. Depois do fim tudo teve um começo e isso nunca terá fim.

(retribuo o sorriso, "mas" "e depois...").

Isso é "um tchau infinito"?

(ela sorrir com simplicidade e lembro de "ela". Que "simplório").

— Não, "Amor", é "longevidade".

E esta é a certa vez. ”

_____________

As palavras entre aspas ("") são os títulos de alguns capítulos deste livro. Se quiser, é só ir nestes capítulos para tentar entender.

Certa Vez...Onde histórias criam vida. Descubra agora