E ter o direito de não sentir...
sinto.
Sim.
É indiferente esse cotidiano,
outrora bom,
outrora insano.
Quando?
A tempestade é eufórica lá fora,
demorar na chuva,
pegar gripe,
mitos.
Café da manhã,
café com leite,
pão,
fruta.
Cafuné na tarde,
cinema em casa,
livros,
celular e fones de ouvido.
O que acontece que não sei?
Medo,
pânico,
choro,
sangue.
Ei!
Não misture as coisas,
nem tudo são flores?
São gramas.
O verde é esperança.
Quem disse?
Um sonhador pobre,
uma criança abandonada,
um animal ao léu.
Uma repentina vontade de viver.
O mundo nem é tão pequeno assim,
encontro pessoas,
vejo pessoas.
Tenho pavor de altura,
aranha,
rato,
cobra,
jacaré,
tubarão,
leão!
Vida?
Estou segurando sua mão,
estou a segui-la de olhos fechados,
tenho medo de os abrir e ver o fim.
É trágico.
Acredito em coisas,
teorias,
algumas.
Fazem sentido.
Mas não tenho certeza de que sejam reais.
Monstros?
Eles não existem,
existem demônios.
Deus?
eles ou Ele?
Não sei,
mas sinto que Ele criou todo esse contexto,
todas essas palavras.
Eu?
O que eu sou ou quem sou?
Depende,
às vezes eu sou uma pessoa,
às vezes sou alguém estranho e,
às vezes,
sou ninguém.
Mas continuo imperfeito(a).
E isso não importa,
é divertido imaginar coisas boas,
elas não duram muito,
e nos mostra que elas não são infinitas,
nem mesmo a imaginação.
Talvez eu esteja aproveitando ela,
criando e escrevendo,
vai que um dia eu esqueço que fiz tal coisa,
ou quem sabe esqueço de mim mesma(o).
É limitado saber que quase tudo não é eterno.
Certo.
Pode ser que eu continue escrevendo.
Veja,
a escrita é igual duas horas da tarde em um domingo ensolarado.
Legal,
eu imaginei isso,
ou imagino.
Mas eu sei que coisas boas nunca morrem.
Exceto pessoas.
E quer saber?
Talvez eu esteja me imaginando.
Será que também sou uma das batidas de um coração?
Um parafuso,
uma bolha de sabão,
uma pluma?
Sou repetidas vezes a minha repetição.Enfim,
sou uma história contada,
que acabara de virar um conto de apenas trezentas e quarenta e oito palavras.___________________
Gente,
esse texto surgiu sem mais e sem menos,
mas foi uma lógica verídica. ❣
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Certa Vez...
Poetry" Mesmo que as folhas caiam, as raízes permanecerão. " - Certa Vez Plágio é crime! Obra de minha autoria.