O desespero batia na alma quando olhos enxergavam a maldade que mãos, pés e bocas faziam.
De repente, tudo à sua volta era um ruído distante e que dificultava sua audição e seus sentidos, tornando sua esperança em um mero detalhe de sinal que estava falho.
Tentava parar a crueldade, ou pelo menos controlá-la, mas sequer tinha controle de si, das suas emoções.
Estava começando a despencar, até quem olhava o horizonte via suas lágrimas jorrarem.
Era uma chuva salgada que voltava para seu mar.
As mãos sujas, as roupas velhas, a face cansada e os cabelos embaraçados.
Os olhos continuavam vívidos e recordando a atual atrocidade, vendo sua própria imagem em decomposição.
Sofrendo uma dor que não é sua, um castigo que não é seu, uma inocência que não tem vínculo com a sua.Tanto de vida para ver morrer outras.
Se algum dia verem esses olhos, desconfiem que há uma vida a denegrir.
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Certa Vez...
Poesía" Mesmo que as folhas caiam, as raízes permanecerão. " - Certa Vez Plágio é crime! Obra de minha autoria.