E eu quem queria você por perto todas as vezes que sempre esteve longe,
quando perto, nunca.
Esses seus olhos da cor da vastidão,
um breu que me fazia encontrar constelações escondidas,
perdeu aquela companhia que em ti era brilho; as nuvens.
Esse teu sorriso torto, direito, engraçado, simpático,
o meu sorriso preferido,
tornou-se uma lágrima em meus olhos.
Esse seu andar, seu olhar pensativo, suas brincadeiras, sua gargalhada, seu humor, seu jeito,
agora são tão desconhecidos(as).
Esse seu abraço lar, confortante e suave, perdeu-se em devaneios.
Esse seu cheiro...
tornou-se sufocante, tóxico, um envenenamento que mata o meu ar.
Amor, isso está doendo e você era a cura, está sangrando, está me matando e você era a vida.
"a razão do meu viver".
Amor, te chamar assim, te pensar assim, te escrever e te descrever assim é como eu era criança, meloso.
Amor...
esse sentimento era você para mim.
Nos conhecemos, convivemos, amamos..
te conheci ou você me desconheceu?
Persistir no erro foi erro meu.
O coração tá doendo e eu te amei para que eu não sofresse essa dor, para que não fosse a causa dessa dor.
Não foi você quem me machucou, olhe só como estou.
Existiu reciprocidade, então afastei-me de você e você só retribuiu.
Você só não queria insistir, persistir...
você foi compreensível.
Eu quem queria você por perto quando eu, todas as vezes, sempre estive longe, quando perto, nunca.
Continuamos assim, distantes, vinculados à um sentimento de pressão pessoal: solidão, quando deixamos o outro só porque nos parece que ele precisa disso.
Persistir nisso foi erro nosso.
Não sentir isso foi erro do coração.
Pensar assim é erro emocional.
Querer que seja assim é erro anti-social.
"Já que está assim, é melhor permanecer como está".
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Certa Vez...
Poetry" Mesmo que as folhas caiam, as raízes permanecerão. " - Certa Vez Plágio é crime! Obra de minha autoria.