plenitude

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   Sempre há esse vazio existencial dentro do peito, na alma, no sentir.
Não consigo achar fontes, águas, plenitude.
Esse vazio é infindável?
Dentro de mim ele rasga e foge da esperança, de algo que o faça ser preenchido.
Na noite, dentro do meu quarto, eu sinto a dor que esse vazio me causa.
Um silêncio horripilante que se ouve minhas lágrimas.
A garganta embola com o choro preso, porém, estou a chorar.
Angústia consome, o vazio não some, aumenta mais a dor.
Freneticamente por dentro, eu tento tirar esse vazio de mim e ele sempre foge.
Minhas noites de choro e de insônia, o vazio torna-se meu álibi na hora de levantar, na hora de viver, na hora de senti-lo.
Esse vazio me dá o sentido da vastidão; quanto mais nublada, mais as estrelas são escondidas.
E esse vazio, tal como o céu, quanto mais escuro, mais pode-se ver as estrelas brilharem.
Ou seja, mais profundo esse vazio se torna.
Visível, porém, tenebroso.

Vazio,
você me preencheu.

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