- Jae... - DaeYeon chamou pelo garoto. Os dois estavam atirados no sofá da sala de estar da casa dos Jung.
O garoto estava deitado no sofá e abraçava a cintura da namorada, que estava deitada ao seu lado. Os corpos estavam colados, para que ela não corresse o risco de cair do pequeno espaço que o sofá proporcionava e também porque o calor que emanava dos corpos era agradável.
- JaeHyun! - a menina chamou pela segunda vez quando não teve respostas. Novamente esperou por um simples murmúrio ou o que fosse, mas o silêncio era sua única companhia. Já se zangando com o descaso, se remexeu com cuidado no sofá, virando de frente para o menino.
De alguma forma seus corpos ficaram ainda mais colados e ela sentiu-se um tanto envergonhada com aquilo. Relutando com a vontade de se afastar dele nem notou quando Jae abriu os olhos, encarando com atenção o rosto da menina.
- O que você está fazendo? - ele perguntou com a voz rouca e baixa. DaeYeon se assustou e rapidamente encerrou seu plano de se afastar. Subiu seu olhar para o rosto do mais velho e não teve como impedir se perder nos olhos castanhos do mesmo.
Se encararam por longos minutos, uma troca de olhares intensa. Dae sentia a respiração calma de JaeHyun bater contra seu rosto, e ele provavelmente sentia a dela também.
A menina desviou o olhar para passar então a analisar cada detalhe do rosto dele. Suas bochechas cheinhas, a covinha que se formava em consequência do sorriso que ele sustentava nos lábios... Dae deixou seu olhar cair sobre eles e ela quis sentir o toque deles outra vez. Não haviam se beijado uma segunda vez e para DaeYeon era um pouco embaraçoso que ela desejasse que o fizessem. Acabou suspirando, o que não passou despercebido pelo mais velho.
- Está tão apaixonada assim? - ele arqueou as sobrancelhas, a provocando. Dae riu e revirou os olhos ao sentir suas bochechas esquentarem.
- Não está se achando muito não? - retrucou desviando o olhar para um ponto atrás dele, envergonhada demais para o encarar. Poucos segundos depois sentiu o toque suave e delicado dele em seu rosto.
- Olha para mim... - ele pediu e ela o fez. Novamente os olhos se conectaram de forma intensa, e o coração de ambos bateram tão intensamente quanto.
- Que foi?
- Eu estou tão apaixonado assim - falou a pegando de surpresa. Kim DaeYeon estava estática o encarando com a boca entreaberta. Ele aproximou seu rosto do dela, o hálito fresco do garoto misturado com sua respiração causava uma sensação boa na garota. - Você não vai me responder? - ele perguntou em um murmúrio, vendo que a mais nova tinha os olhos quase completamente fechados.
- Hm? - perguntou sem conseguir raciocinar de fato o que o garoto queria. O quão próximo eles estavam era a única coisa que importava para ela naquele momento. Seus pensamentos pareciam ter desvanecido e a única coisa que ela conseguia pensar e sentir naquele momento era a vontade de beijar o mais velho. A mão dele ainda estava em seu rosto e ela não achava que ele havia notado que acariciava a bochecha dela num gesto involuntário.
- Você está tão apaixonada assim? - perguntou de novo e àquela altura os narizes já se tocavam. DaeYeon suspirou, por que ele estava insistindo naquilo? Ele não queria beijar ela? Em um impulso ela decidiu quebrar a pequena distância entre eles. Foi um encostar leve de lábios, sem muita intensidade, sem necessidade de mais contato. Era apenas um toque delicado e inocente. Não precisavam de mais.
Quebraram o selinho com um sorriso. Os olhos se abriram lentamente e se encararam de forma tímida.
- Eu ia te perguntar uma coisa... - ela quebrou o silêncio primeiro, ele apenas murmurou em confirmação, avisando que ela poderia continuar e perguntar. - Já se passou uma semana desde que o Doyoung pediu MinYoung em namoro, você acha que ele gosta mesmo dela? Quer dizer, eu fico enjoada só de lembrar dos dois se beijando e... - a menina falou de forma frenética, quebrando todo o clima que havia se instalado ali.
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A Dustland Fairytale | Jung Jaehyun (NCT)
Fanfiction1961. Em uma pequena província onde nada parece mudar, uma jovem garota sente que pela primeira vez, após a morte da mãe, seu coração está mudando. Em meio aos maus tratos do pai, e muitas vezes à indiferença do irmão, ela finalmente encontra um por...