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- Ao Drive-in? - perguntou surpresa - eu nunca fui...

- Então vamos agora! Não é tão legal quanto de noite, mas ainda assim bom.

- Esperem anoitecer então! Leve ela em outro lugar até lá, leve até o rio - a senhora Jung opinou.

- Nós já fomos até o rio - Jae entortou a boca em uma careta. Queria levar a menina em algum lugar diferente, mas naquele lugar pequeno era difícil encontrar algo novo.

- Eu sei aonde podemos ir! - DaeYeon falou animada, se aquilo fosse um desenho, uma lâmpada estaria acesa em cima da cabeça dela.

- Onde? - mãe e filho perguntaram juntos, a mesma expressão de curiosidade no rosto, o que fez a mais nova rir.

- Bom, eu moro em uma parte mais afastada aqui do centro, no quintal, atrás da casa, tem uma floresta - conta - lá tem um pequeno riacho. É bem pequeno mesmo, mas é um bom lugar - sorriu.

- Podemos ir lá - ele concordou. - Voltamos mais tarde então? - olhou para a mãe - para terminarmos o kimchi?

A mulher abanou a mão.

- Claro que não! Se divirtam sem pensarem nisso, voltem apenas quando for a hora de comer - ela riu.

- Sua mãe é muito querida - DaeYeon falou com um sorriso estampado no rosto, seus braços balançavam para frente e para trás enquanto andava na estrada de terra até sua casa.

- Ela é sim - Jae riu fraco, seu coração se aquecendo ao pensar na mãe - ela é - suspirou.

- Eu gostei muito dos teus pais - ela voltou a falar - os dois foram extremamente gentis comigo, me senti especial de alguma forma - admitiu - mesmo não me conhecendo eles me trataram tão bem, sabe? Acho que agora entendo o porquê de você ser assim.

Ele parou de caminhar, olhando pra ela com as sobrancelhas arqueadas e um sorriso de lado.

- Assim como?

Ela parou também, um pouco mais a frente e olhou pra ele.

- Você sabe como - retrucou.

- Não sei não.

- Sabe sim! Do jeito que você é - insistiu, quase batendo o pé no chão como uma criança quando faz birra.

- E de que jeito eu sou?

- Você é gentil - rebateu - educado, sempre está ao meu lado para me ajudar, você me trata bem... - continuou listando, por fim interrompendo o resto da frase com um sorriso - vamos continuar, tem um bom chão pela frente ainda.

Os dois continuaram o caminho em silêncio, depois cruzaram os grandes gramados que rondavam a casa -nessa parte, DaeYeon rezava para que seu pai não visse os dois- até por fim chegarem na floresta com suas grandes árvores. A temperatura logo na primeira parte já era mais amena, uma brisa fresca e agradável passava por entre as árvores e conforme adentravam naquela imensidão de marrom e verde, mais fresco ficava.

- Esse é meu esconderijo - a menina falou sua voz ecoando na floresta e assustando o mais velho.

- É seu esconderijo de quem?

- Do mundo - respondeu fazendo Jae passar um dos braços ao redor dos ombros dela. DaeYeon olhou pra ele.

- Agora eu posso ser seu esconderijo - convidou - se você quiser, é claro - acrescentou rapidamente.

- Acho que você não aguentaria muito tempo.

- O tempo que fosse preciso. - ela sorriu com a fala dele.

A Dustland Fairytale | Jung Jaehyun (NCT)Onde histórias criam vida. Descubra agora