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Cinco dias haviam se passado. Cinco dias em que Dae voltara as suas tarefas de antes. O pai parecia ter tido uma melhora em seu estado de saúde, e aquilo deixava o coração da filha tranquilo. Não queria que o pai adoecesse, esse era o seu último desejo.

Doyoung e ela tiveram uma melhora na relação também, agora vivendo juntos, falavam mais um com o outro.

- Quando você vai ir falar com a MinYoung? - a menina perguntou enquanto os dois estavam sentados na varanda aproveitando os últimos raios de sol do dia.

- Por que eu iria? - questionou confuso.

- Porque você está interessado nela - disse em um tom óbvio - você acha que eu não notei isso?

- Não estou interessado nela!

- Se eu e ela não tivéssemos brigado, eu te ajudaria.

- Vocês ainda não fizeram as pazes? Que amizade estranha... - ele resmungou, mexendo em uma pedrinha que tinha no chão.

- Você só está falando isso porque não vai poder ter a minha ajuda agora.

- Quer a minha com o JaeHyun? - ele retrucou arqueando as sobrancelhas. Dae arregalou os olhos o quanto pode e bateu no braço do irmão em seguida.

- Eu não quero nada com ele - resmungou. Doyoung riu.

- Certo, certo... Vamos fingir que eu acredito nisso e você finge que eu não estou interessado na sua amiga, okay?

Dae o encarou emburrada, mas por fim concordou.

- Okay. Mas não por muito tempo, viu?

- Vamos apostar - ele disse estendendo a mão para ela - aposto que você se apaixona mais rápido do que eu.

- Doyoung...

- Com medo? - provocou, Dae bufou antes de juntar sua mão com a dele.

- E eu aposto que você se apaixona mais rápido do que eu.

- Apostado - disse enquanto apertavam as mãos.

- O que foi apostado? - os irmãos se sobressaltaram ao ouvirem a voz do pai. Eles prontamente ficaram de pé e encararam o homem.

- Nada - foi Doyoung quem respondeu. O mais velho os encarou em silêncio, suspeitando, mas nada disse.

- Certo. Eu estou com vontade de comer peixe – bateu em sua própria barriga - não tem aqui. Vão lá comprar antes que escureça. - ordenou e entregou algumas notas que seriam o suficiente para comprar os peixes.

Os irmãos Kim estavam atravessando a estrada de chão quando surgiu na mente de Dae um lugar onde eles poderiam comprar o que o pai queria. Ela, porém, não sabia onde ficava. Torcia para que Doyoung soubesse.

- Ei - chamou - por que não vamos até a tenda do pai do JaeHyun?

- Está esperando encontrar ele lá, é? - brincou fazendo a garota rolar os olhos. - Tudo bem, estou apenas brincando - levantou os braços como se estivesse se rendendo, evitando assim uma futura discussão - acho uma boa, o senhor Jung realmente tem uma mão boa para a pesca.

- Você vai ter que nos guiar, não sei onde fica.

- Não é muito longe - ele disse - é em uma feirinha que fica perto da casa dele, inclusive, se você quiser fazer uma futura surpresa, já vai saber aonde ir.

- Para com isso Doyoung - ela resmungou cruzando os braços.

Eles continuaram caminhando em silêncio até a pequena feira, que ocupava os dois lados da estreita rua de paralelepípedos. DaeYeon adorava as feiras, podia passar tardes olhando as mercadorias e comprando uma ou outra coisa. Gostava de ver o trabalho das pessoas, e o esforço e dedicação que colocavam no que faziam.

A Dustland Fairytale | Jung Jaehyun (NCT)Onde histórias criam vida. Descubra agora