CAPÍTULO 9

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MARIANA ASSUNÇÃO

Me enrolei na toalha e saí do banheiro, só quero jantar e xair na cama, mas hoje Melissa tinha convidado uma amiguinha pra dormir aqui em casa. Não consegui recusar, nem resistir a duas coisinhas fofas quase implorando. Definivamente eu sou uma manteiga perto de crianças.

Visto uma calça moletom e uma blusa confortável com um coração estampado bem na frente, amarro meu cabelo em um coque tradicional e passo um pouco de desodorante nas axilas.

Me olho no espelho e gosto do que vejo. Nos últimos cinco anos eu deixei de me produzir para dormir. Afinal, durmo sozinha mesmo.

Karol sempre diz que preciso me arrumar mais um pouco, sair e festejar. Mas nem tenho vontade. Ouço o meu celular tocar e vejo a foto dela na tela.

Essa não morre tão cedo!

— Boa noite moça fogosa. – digo.

— Você esta falando com a pessoa errada amiga.

— Duvido muito dona Karol, conheço você.

Ouço sua risada do outro lado da linha.

— Como esta aí com a Mel e a amiguinha dela?

— Tá tudo tranquilo, elas estão arrumando a cabana que inventaram. Vamos assistir um filme e depois brincar de acampamento.

Depois de crescida eu vou ter uma nova infância.

— Nem me chamaram, magoou viu? – ela faz voz de tristeza mas eu sei que é fingimento.

— Fica para a próxima amiga. – respondo.

— Tudo bem. Mari, ontem foi tão agitado que nem te contei o babado do dia. – ela fala toda empolgada, acho que perdi coisa boa.

— Sou toda ouvidos. – me sento na cama e fico esperando as fofocas.

— Ontem quando você saiu feito uma louca pra almoçar com a Melissa chegou um pedaço de mal caminho aqui no restaurante... e não era qualquer pedaço de mal caminho, era um dos investidores financeiro do Pallace.

— Deixa de ser tarada Karol.

— Eu não sou nenhuma tarada Mariana. – mentira.

— Hum, sei.

— Tá bom, só um pouco. Mas o cara era tipo um deus grego. Alto, musculoso, cabelos longos e sedosos... ah, sem falar do perfume e da barba selvagem. Sabe, aqueles homens extremamente gatos? Tipo isso amiga. Paisagem rara. Sem mencionar também aquela bunda, nossa senhora. Você tinha que ter visto. – ela realmente tá empolgada.

— Você definitivamente não vai para o céu.

Fato!

— Claro que vou, já a Débora... eu tenho certeza que aquela lá já tem passagem de ida para o inferno. Aquela praga!

— O que foi que ela fez dessa fez? – pergunto revirando os olhos.

— O investidor mal entrou e ela já foi se jogando pra cima dele, e pior... ela quase me demitiu só porque esbarrei nele e olha que nem sujei o paletó daquela perdição. Que ódio daquela ave de rapina falsa

Fico apenas garganlhando enquanto ouço a minha amiga xingar a nossa gerente de tudo o que não presta.

— Você ainda vai sair no tapa com essa mulher.

— Respiro e conto até dez pra não surtar quando ela passa por mim. Ai! Me dá uma vontade tão grande de arremessar uma garrafa naquela cobra.

— Que desperdício amiga, tadinha da garrafa.

UM AMOR PARA ETERNIDADEOnde histórias criam vida. Descubra agora