MARIANA ASSUNÇÃO
Acordo ao sentir um toque em mim, assusto-me e levanto do chão, eu dormir aqui? No chão da sala?! Mas... Ah, meu Deus! As lembranças da noite anterior começam a invadir a minha cabeça e a vergonha por ter cedido vem logo em seguida junto com o arrependimento.
Como fui me permitir a fazer uma coisa dessas?
— Mãe? – Melissa chama, eu me sinto tão aérea.
Puxo um lençol que não sei como veio parar aqui e cubro meu corpo até o pescoço. Não quero que minha filha me veja nua no meio da sala.
— Bom dia filha, faz tempo que você acordou? – pergunto procurando o celular.
— Mãe, tá tudo bem? – ela passa a mão na minha testa como se estivesse verificando algo.
Ah, droga!
— Que horas são? – passo as mãos no rosto limpando os olhos.
— Acho que é hora de ir pra escola.
Ouço o meu celular tocar e o encontro de baixo do sofá. Como ele veio parar aqui?
"Bom dia!"
Leio a mensagem enviada por Dominic. Sorrio comigo mesma mas logo volto a ficar séria.
— Ah, minha nossa senhora, estou quase atrasada. – digo.
Saio catando minhas peças de roupa pela sala tentando amenizar a bagunça que fiz ontem. Melissa fica apenas acompanhando os meia passos e com toda certeza ela deve esta tentando adivinhar por quê a mãe dela esta enrolada num lençol no meio da sala imensamente revirada.
— Mamãe? Mãe? – paro e encaro a menina que tem os braços cruzados.
Ela definitivamente é a cópia reduzida do pai.
— Fala filhota, mas fala rapidinho tá.
— Tem alguém batendo na porta. – ela aponta.
— Meu amor vai comer alguma fruta lá na cozinha, já já nós vamos sair esta bem?
— Eu já tomei café da manhã, mas eu vou.
Ela me manda beijinhos e sai na direção da cozinha.
Enrolo o lençol com mais firmeza no meu corpo e faço um coque no meu cabelo. Jogo as roupas no sofá e vou abrir a porta, só espero que a pessoa do outro lado não repare meu look.
— Bom di... U-A-U!!! – Dominic me olha de baixo a cima.
Posso ver nitidamente o fogo no seu olhar.
— Estou atrasada por culpa sua. – tento fechar a porta mas ele põe o pé.
— Você está linda vestida nesse lençol. – ele debocha.
Entro e ele me segue e eu recolho as roupas antes que ele veja.
— Engraçadinho. – arremesso algo nele e só percebo que é a minha calcinha quando o mesmo ergue a mão.
— Obrigado pelo lindo presente Marianinha, deve ficar um espetáculo no seu corpo. – ele guarda a calcinha rendada no bolso
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UM AMOR PARA ETERNIDADE
RomanceUm passado. Um medo. Uma vida. Mariana Assunção viveu essas palavras com tanta intensidade, que só ela sabe a dor que carrega no peito. O medo do próximo erro é inevitável quando se tem um coração ferido pela pessoa amada. Entregue-se. Liberte-se. A...