CAPÍTULO 20

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               MARIANA ASSUNÇÃO

Assim que saí do trabalho peguei um táxi, queria tomar um banho digno e fazer o máximo para disfarçar a minha cara de acaba.

Karol como sempre, me desejou sorte e ordenou que eu vestisse algo sexy e caprichasse no perfume.

Respondi algumas mensagens nas redes sociais e aproveitei para saber como a minha filha está se comportando na casa da sua amiguinha. Falei brevemente com a minha mãe e foquei na loucura em que me enfiei. Jantar com o Dominic.

Pra quê eu fiz aquilo senhor?!

Agora é tarde. Vou ter que jantar. Aí que fome estou, sou capaz de devorar um banquete sem esforço algum.

Credo, Mariana. Estou até parecendo uma esfomeada.

[...]

Viro a taça de vinho de uma só vez e volto a me arrumar. Borrifo mais um pouco de perfume, mordo os lábios quando me vejo no espelho do quarto. Será que exagerei na roupa? Ou, na maquiagem?

A campainha toca e xingo. Nem dá tempo de trocar nada. Solto as peças que tinha pego e vou abrir a porta.

— Sete em ponto. Vamos? – Dominic sorri mostrando os dentes.

O filho da mãe é pontual.

— Nossa, você está lindo. – as palavras simplesmente saem da minha boca.

— Obrigado. Você também está muito linda, sempre foi na verdade. – ele me entrega um buquê com flores. Nem tinha reparado.

— Obrigada, são perfeitas. Vou coloca-las em um vaso e já volto.

Ponho as flores no vaso e dou mais uma olhada rápida no espelho. Pego minha bolsa que parece mais uma lixeira de tanto papel.

— Ah, esse cheiro. O mesmo. O único. – raramente troco de perfume. E Dom sempre gostou desse cheiro meu.

— Sempre gostei desse perfume. – sorrio e ele retribui.

— Eu sei. Vamos? – ele estende sua mão e eu aceito. Está fria como a minha.

Antes de dar qualquer passo, peço Mentalmente para não cair com a cara no chão por conta dos saltos que inventei de usar. Optei por roupas básicas, calça de alfaiataria na cor preta, uma blusa de alcinhas finas com decote em V na frente, não muito profundo.

Fiz uma makes com sombras leves, passei rímel pra realçar os meus cílios mas não deixei tão carregado e na boca apenas um batom nude com gloss. Como acessórios coloquei somente um colar com um pingente oval, onde eu guardo a primeira foto da Melissa ao nascer, e brincos de argolas pequenas.

Um carro para próximo a nós e um belo moreno desce dele, com um sorriso enorme.

— Boa noite, olá moça bonita. – diz me olhando.

— Mariana Assunção. – cumprimento.

— Caio Tavares, amigo gato de Dominic.

Acho que ele é um pouco convencido, isso sim.

— Cala essa boca seu filho da mãe. – Dom responde.

— Ô senhor amigo gato, podemos ir? –  diz uma loira sentada no banco do carro com a porta aberta. Ela é linda.

— Não vive sem mim. – diz Caio.

— Só acho que está muito convencido Caio, eu vivo muito bem sem você aliás. – ela rebate.

Bem feito. Ela tem língua afiada e parece saber colocar alguém em seu devido lugar com maestria.

Cada um seguiu para seus carros e fomos para o lugar marcado.

UM AMOR PARA ETERNIDADEOnde histórias criam vida. Descubra agora