CAPÍTULO 17

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                MARIANA ASSUNÇÃO

Já rolei para todos os lados dessa cama mas o sono não vem, o cheiro dele esta empreguinado nos lençois e travesseiros da cama, alias, tudo aqui tem seu cheiro, até as cortinas da janela.

Que vida bagunçada está se tornando essa minha, há menos de um mês reencontro o dono do meu coração partido e também lai da minha filha e agora onde estou? Na casa dele. No quarto dele e o pior, na cama dele usando uma de suas camisas.

O que estou me tornando?

Uma mulher apaixonada outra vez? Ou, uma menina amedrontada como antes?

Ô vida!

Não sei de mais nada, a única certeza que tenho agora é que estou sem sono e com muita sede.

Me levanto com cuidado pra não acordar o meu anjinho que dorme tranquila, fecho a porta devagar e pronto, tudo em ordem. Vou direto para a cozinha e me deparou com Dominic sentado e uma garrafa na mesa.

Chego mais perto e vejo que esta dormindo e a garrafa esta vazia.

Bebo minha água e vou saindo na ponta do pé, é melhor não acorda-lo.

— Caralho. – xingo quando Bato o pé na bancada.

— Hum, Mari? – ele pergunta "meio torto."

— Foi mal, não queria acorda você. – me desculpo.

— Merda. – ele põe a mão na cabeça e aperta como se fosse espremer uma laranja.

— Esta tudo bem? – óbvio que não.

— Minha cabeça vai explodir de dor. Merda.

— Deve ser por causa da garrafa vazia. – aponto para o recipiente ao seu lado.

Acho que fui um pouco irônica agora.

— Uma simples garrafa de uísque? Claro que não. Você é a culpada por essa dor Mariana.

Arregalo os olhos, espantada.

— Eu? Você com toda certeza esta bêbado.

— Culpa sua sim, você não sai da minha cabeça. Só penso em você, o tempo todo e isso esta me deixando louco. Louco.

Fico muda diante da revelação, esta tudo tão confuso e esse homem ainda me fala uma coisa dessas. É pra ferrar tudo sem pena mesmo.

— Eu vou voltar para o quarto antes que a Mel acorde. – troco logo o assunto antes que eu fale besteira.

Ele abre um sorriso perfeito e morde o canto do lábio inferior de um jeito tão sexy que sinto minha calcinha pesar um pouco mais por causa da umidade presente. Droga! Eu não devia sentir essas coisas por ele.

— Não precisa fugir de mim Mariana, não vou atacar você... Por mas que a minha vontade seja o contrário. Ah, e a propósito você ficou um espetáculo na minha camisa. – ops! Alguém notou.

— Eu precisava vestir algo confortável e como eu não...

— Não se preocupe, eu não me importo com isso. Acho que ela ficou melhor em você do que em mim. É sua agora.

— Ok, obrigada. – respondo um pouco tímida.

Dominic tenta sair do lugar mas cambaleia para o lado e se apóia na parede. Ele faz um gesto para que eu não me aproxime e novamente tenta sair do lugar mas parece que não adianta muito.

— Vem, eu te ajudo. – digo.

— Não, não precisa. Eu sei andar sozinho.

Bêbado nunca aceita o fato de estar, bêbado.

UM AMOR PARA ETERNIDADEOnde histórias criam vida. Descubra agora