CAPÍTULO 27

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                 MARIANA ASSUNÇÃO

Hoje acordei mais cedo para adiantar algumas coisas, parece que o dia está mais curto. Já deixei a Mel na escola, já fiz pagamentos de contas, organizei toda planilha do restaurante pra hoje a noite, e até ajudei os meninos a escolherem a cartela de vinhos que serão servidos no jantar. Eu vou enlouquecer!

O restaurante Pallace vai estar lotado de pessoas importantes essa noite. Juízes, grandes advogados, empresários e outras pessoas que nem conheço. Para falar a verdade, eu não sei quem são a grande maioria. Uns e outros só vi em sites de fofocas, reportagem ou redes sociais.

O dono do Pallace, o senhor Roberto, reservou todo o salão principal para hoje, só entra quem estiver na lista, que foi feita e revisada pelo mesmo. O negócio hoje vai pegar fogo pelo jeito.

E por falar em fogo, lá vem a secretária do capeta.

— Queridinha, toma! Hoje será uma grande noite e todos nós temos que causar uma boa impressão. Quem sabe assim alguém não se interessa por você, não é mesmo fofa?

Ultimamente essa mulher tem roubado a minha paciência com muita facilidade, tudo o que eu tenho feito está irritando a Débora, ou ela resolveu fazer marcação comigo.

Mariana isso! Mariana aquilo!

Nada está do agrado dessa criatura. Sem contar que ela vem pegando no pé de todos os funcionários daqui. Fico me perguntando, porquê o Roberto ainda não demitiu essa cobra?

— Obrigada, mas eu tenho roupa Débora. E eu não preciso me exibir pra arranjar um homen, nem mesmo se eu quisesse, essa parte eu deixo pra você que é experiente no assunto.

Pego a enorme caixa preta e devolvo a ela, que está parada olhando pra mim com cara de nojo.

— Ah! Fala sério. Mariana essas suas roupinhas sem graça não está a altura desta noite. Acho bom você caprichar pelo menos na maquiagem pra vê se esconde essa cara de acabada.

O quê?

Quem essa mulher pensa que é pra falar comigo assim? É hoje que eu arranco esse aplique da cabeça dela.

— Respira amiga, não vale a pena gastar a sua justa causa com isso. – como Karol chegou atrás desse balcão?

— Eu quero pular no pescoço daquela víbora peçonhenta dos infernos. Ela está me deitando maluca amiga.

Sinto o meu coração bater em um ritmo mais rápido e o sangue pulsar dentro de mim.

— A Débora está deixando todo mundo furioso com essas exigências. Até o Roberto fica de cabelo em pé, pelo menos o cabelo que restou na cabeça dele.

— Porque a direção ainda não demitiu essa mulher... – respirei fundo e soltei o ar lentamente.

— Deve tá comendo a direção inteira. Ouvi boatos pelo vestiário, mas fingi demência, claro né. Se ela quer subir na vida assim que seja, mas a queda vai ser brusca.

— Como você está amiga? – bebo um pouco de água da minha garrafa enquanto aguardo a sua resposta.

—  Tirando o nervosismo e a pressão que o novo chefe metido a francês está colocando naquela cozinha, estou ótima. – ela faz sinal de ok com os dedos.

Felipe passa pelo salão e pisca pra minha amiga, que olha com a cara cheia de malícia.

Aaaaaaaaaah!

— Vocês estão se pegando? – pergunto.

— O quê? Quem? – Karol tentar desviar do assunto, mas eu estou entendendo muito bem.

UM AMOR PARA ETERNIDADEOnde histórias criam vida. Descubra agora