CAPÍTULO 15

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          MARIANA ASSUNÇÃO

Não é uma sensação boa, mas também não é algo ruim. Explicar o que estou sentindo é tão confuso, toda história com o Dominic esta me enlouquecendo,  acho que ter revelado pra ele que Melissa é sua filha não foi uma boa ideia. Mas a merda já foi feita.

Melissa já tinha acordado mas não quis sair do quarto, preferiu ficar deitada e sozinha. Já estava anoitecendo até.

— Esta tudo bem? – Dom me pergunta.

Ele ainda esta de toalha e com algumas gotas escorrendo por seu peitoral exposto, seus cabelos estão soltos e molhados fazendo um desenho perfeito no seu rosto.

— Melissa ainda esta brava comigo. – digo me virando de costas pra ele.

— Você disse que o pai dela estava morto Mariana, acho que "brava" é o mínimo que ela pode ficar.

— Se não tem nada de útil pra falar cala a boca então. – rebato de imediato.

— Calma, também não precisa ficar furiosa desse jeito, você sabe que errou e já reparamos isso. Vamos deixar o tempo fazer a parte dele agora.

— Você não esta ajudando em nada desse jeito.

— Pelo menos eu tentei. – ele volta a enxugar o cabelo de um jeito sexy.

Fico apenas acompanhando seus movimentos com os olhos, nem parece aquele moleque brincalhão metido a pegador de anos atrás.

O moleque que destruiu a minha vida e que incrível esta mexendo comigo. Estou começando a me arrepender daquele bendito dia que resolvi ter uma conversa com ele.

Acho que na verdade, estou com medo.

Medo de apaixonar novamente, medo de me doar por inteira pra esse amor que quer aflorar dentro de mim e no final de tudo... quebrar a cara e o coração.

— Mariana? Mari?

— Hum... Oi?! – saio do transe e o encaro.

— Esta tudo bem mesmo?

— Poderia estar melhor. – se você não tivesse reaparecido talvez.

— Bom, como pai você sabe que tenho diretos e um deles é de ter o meu nome no registro da minha filha. – bufo e cruzo os braços.

Essa conversa agora não.

— É incrível como você se transformou num paizão de repente. – digo irônica.

— Eu tenho direitos e vou lutar por cada um deles, você querendo ou não. – Dominic parece que está me desafiando. Engano dele se acha que vou recuar ou baixar a guarda.

— Não me teste Dominic. – me aproximo dele com um olhar ameaçador e ele faz o mesmo comigo.

— Não me desafie Mariana. – seu hálito fresco com cheirinho de menta.

Seus olhos brilham e me fuzilam com a mesma intensidade, sou capaz de sentir toda a sua energia avançando contra mim.

— Vocês estão brigando? – Melissa surge entre nós baixando nossa guarda.

— Não minha princesa, sua mãe e eu estávamos apenas conversando, não é mesmo Mari?

Aí que debochado de uma figa!

— Cretino! Foi só uma conversa querida. – finjo um sorriso alegre mas não adianta muito.

Melissa tem um gênio muito forte igual ao pai dela.

— Vocês estavam brigando sim. – ela insiste.

Melissa senta no sofá e cruza os braços.

— Vou me vestir e já volto.

UM AMOR PARA ETERNIDADEOnde histórias criam vida. Descubra agora