Pisco, incomodada com a luz intensa.
Quando desperto finalmente, percebo que a lâmpada está acesa.
— Que merda eu fiz? — Carter anda de um lado para o outro, com as mãos na cabeça. Já está completamente vestido. Eu, por outro lado, ainda estou nua e meio dolorida depois do nosso momento. — Porra de bebida.
— Carter. — tento chamar sua atenção, mas ele parece cego. Ele dá um murro na parede de gesso, me sobressaltando.
— Porra, porra, porra... Eu não devia ter feito isso. — grita, então se vira para mim.
Recuo e ele se debruça um pouco, de pé ao lado da cama.
Percebo o seu olhar de raiva, que logo é substituído por incredulidade. Carter está encarando o meu corpo deitado sobre a cama: as cicatrizes expostas em minhas pernas e braços.
— Que porra é essa?
Eu puxo o lençol sobre o meu corpo, cobrindo minha pele. Os braços marcados com pequenas linhas ficam visíveis. O cinto de couro do meu pai fez um belo estrago, e fiquei com os hematomas como uma triste recordação.
— Você é maluca! O que você é? Gosta de se machucar? — seu olhar de nojo me quebra e eu aperto os lábios, reprimindo o choro.
Se ele soubesse!
— Não é isso. — murmuro de cabeça baixa. Eu me sento na beirada da cama e ele se afasta de mim.
Carter vira o rosto, encarando a mancha vermelha no centro da cama. Ele fica pálido.
— Você era virgem?
— Sim.
— Por isso me mandou ir devagar. — não parece uma pergunta. — Merda! Por que não me disse isso antes? Cacete!
— Eu esqueci de dizer. — minha voz sai estranha. — Eu só... esqueci.
— Porra. Não acredito que traí minha namorada. Sou um babaca. — ele afasta os olhos de mim. — Traí minha namorada com uma puta maluca.
Suas palavras me atingem como um soco.
— Eu não sou uma puta! Você está me ofendendo, seu idiota. — grito, com os olhos cheios de lágrimas. — Mereço respeito.
— Merece porra nenhuma! Devia ter recusado transar comigo. Sabia que eu tava bêbado.
— Não consegui.
— Você é patética, sabia? — eu o encaro, profundamente machucada. — Uma vadia patética. Aliás, faça um favor para mim. Nada do que aconteceu aqui pode parar nos ouvidos da minha namorada, então fica de bico fechado.
— Eu não ia contar de qualquer forma.
— Acho bom. Lava a merda dessa colcha antes de sair. Tem um banheiro do outro lado do corredor. — diz ele entre dentes, então se vira e abre a porta do quarto.
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Perigo Iminente
Teen FictionMarilyn Ashworth não é uma adolescente comum. Escondida sob roupas grandes, ela luta para disfarçar que tem um pai alcoólatra e violento. Ir para a escola é a melhor parte do dia, mas estar apaixonada por um garoto que nem se importa com ela torna t...