Marilyn Ashworth não é uma adolescente comum. Escondida sob roupas grandes, ela luta para disfarçar que tem um pai alcoólatra e violento. Ir para a escola é a melhor parte do dia, mas estar apaixonada por um garoto que nem se importa com ela torna t...
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Cerca de uma semana depois, a notícia da minha gravidez já havia se espalhado na escola.
Tudo começou quando eu desmaiei no meio do corredor e fui levada para a enfermaria. A enfermeira desconfiou e me fez algumas perguntas. Ela acabou deduzindo o motivo e falou isso em voz alta. Acontece que Hope ouviu e espalhou por aí.
Então o que não havia passado de cochichos suspeitos pelo corredor, tornou-se a nova notícia da escola. Cailyn e Geórgia estavam ao meu lado o tempo todo e isso em parte ajudava.
Mas eu ainda tinha que conviver com o abuso emocional cada vez mais crescente. Quando falo isso me refiro ao bullying, que tanto odeio.
Terça vou para a escola, e alguns alunos riem de mim, apontam o dedo, outros me xingam de vadia e de outros apelidos horríveis. Quando eu me aproximo do meu armário, tenho o azar de abri-lo e encontrar vários pacotes de camisinha dentro, que acabam caindo no chão do corredor. Ouço muitos risos e me apresso em esconder os preservativos. Alguém deve ter colocado aqui. Como descobriram o segredo do meu armário é um mistério.
Reprimo as lágrimas e deixo para fazer isso em casa, no meu quarto, quando finalmente estiver sozinha.
Quando eu me viro, uma mão me empurra contra o armário e eu encaro Sean, assustada.
Ele tem um olhar de escárnio no rosto.
— Quem foi o idiota que comeu você? — ele ri.
Sinto a repulsa e a raiva me percorrerem com suas palavras.
— Me solta.
— Antes eu quero o nome do cara que teve coragem de transar com você e ainda por cima ter te deixado grávida. Deve ser bem corajoso.
Não respondo e viro o rosto, encarando Carter com os amigos há alguns metros de nós. Ele me encara, indiferente. Sou uma idiota por pensar que ele poderia me defender. Tratou-me como lixo outro dia, então eu já devia saber que ele nunca se importou comigo.
— Eu não vou falar nada. — murmuro entredentes, encarando Sean.
— Você é uma vadiazinha, Ashworth. Bem que Carter estava certo quando te insultou no corredor.
— Posso ser isso mesmo, mas você é um maldito covarde. — disparo e sua expressão muda de irônica para enfurecida.
Sinto a mão dele apertar o meu braço direito e a dor percorre minha pele, fazendo-me gemer de dor.
— Está doendo. — digo com lágrimas nos olhos quando parece que o osso do meu braço vai se deslocar.
Ele ri, maldoso.
— É pra doer mesmo. Eu podia fazer pior. — ele encara minha barriga antes de me soltar.
Vejo-o se afastar, com alívio, e lanço o meu olhar para o outro lado. Carter continua me encarando. Ele está com o cenho franzido e tenho certeza que notou a atitude de Sean.