capítulo 38: golpe certeiro

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Carter

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Carter

Na segunda, a perspectiva de encontrar Marilyn me corrói.

Quando a encontro, ela me ignora como tem feito ultimamente e isso me deixa mal pra caramba.

Isso tudo é culpa minha.

Na saída, estou ao lado dos meus amigos quando vejo o carro do babaca do Will, estacionado em frente à Mansfield.

Fico tenso na hora.

O que ele está fazendo aqui?

A resposta para isso não demora a surgir quando desvio o olhar para um ponto em específico, ao lado do carro.

Marilyn está lá, conversando com Will, e seu semblante parece meio abatido. Fico preocupado com o que pode tê-la deixado assim e meus sentidos entram em alerta quando Will segura a mão dela.

Aperto os punhos, e Benjamin percebe.

— Ei, cara. Se controla. Parece que você quer matar o cara. — diz, também de olho na cena.

— Virou vidente agora? É isso mesmo que estou pensando em fazer com aquele merda. — murmuro entredentes.

Will continua segurando a mão dela e, de repente, faz algo que leva embora todo o meu controle.

Ele a beija.

E ela não faz nada para afastá-lo.

— Porra. — Benjamin resmunga quando eu parto em direção a eles.

Empurro alguns alunos do caminho e me aproximo dos dois com passos largos.

— Solta ela, caralho! — empurro Will para longe de Marylin e o pego de surpresa com um soco.

Ele cambaleia e ouço gritos de surpresa, já sabendo que uma plateia está nos observando.

— Carter! Solta ele. — Marilyn grita quando acerto outro soco no idiota, que está sem reação para revidar.

Ele consegue me empurrar de cima de si, e quando está prestes a revidar com um murro, eu acerto outro soco em seu maxilar, sentindo meus dedos ficarem dormentes.

A raiva está me consumindo cada vez mais e, saber que esse porra tocou na Marilyn, só me faz querer matá-lo.

— Filho da puta! — xingo.

Estou prestes a acertá-lo outra vez, quando alguém me segura por trás, afastando-me do cara.

Will coloca a mão sobre o rosto machucado e me encara com raiva. Ele até tenta se aproximar, mas Cole o impede com a mão no seu ombro.

— Já pode me soltar! — resmungo e Benjamin faz o que pedi, relutante.

Respiro fundo, desviando o olhar.

Marilyn está me encarando com mágoa e espanto.

Engulo em seco.

— Você é um idiota, Carter. Um idiota. Você sempre busca um jeito de me humilhar ou machucar; mesmo que indiretamente. — grita com lágrimas nos olhos. Meus olhos ardem ao ver que só piorei tudo com minha atitude anterior. — Olha o que você fez! — aponta o Will.

— Ele tocou em você! — grito de volta. — Tocou no que é meu.

— Eu não sou sua. — murmura entredentes. — E nunca vou ser; põe isso na sua cabeça e me deixa em paz! Cansei de suas atitudes imaturas. Age como homem pelo menos uma vez na vida!

Disfarço o quanto suas palavras foram direto ao alvo e respiro fundo.

— Volta pra mim. — peço.

— Não. Nunca mais. — sussurra, então faz algo que me deixa muito mal: segue em direção ao Will e segura a mão dele.

Sinto como se tivesse sido golpeado e me controlo para não provocar outra briga.

Vê-la perto dele me enche de raiva.

Tento me controlar.

— Você está muito mal? — pergunta para ele.

Fecho a cara.

Ela está preocupada com ele, e ver essa cena é uma droga.

— Não, estou bem. — ele cospe um pouco de sangue no chão.

— Você não está bem, Will. — ela o encara com preocupação.

— Estou, é sério. — murmura, olhando para ela. — Vamos. Eu te levo para casa.

— Não precisa. Você precisa ir ao médico; cuidar desses machucados.

Eu me sinto a porra de um intruso, observando-os.

— Eu vou.

— Certo.

— Vem comigo? Eu imploro.

Fico tenso, esperando a resposta dela.

Ela não pode...

— Sim. — sorri para ele.

Travo o maxilar, observando-o abrir a porta do carro.

— Marilyn, fica aqui. — resmungo em tom de aviso.

Ela me ignora e entra no carro.

Quando me preparo para seguir até eles, Benjamin me empurra de volta para trás.

Eu o fuzilo com olhar.

— O que você pensa que está fazendo, porra?!

— Te livrando de fazer merda. — resmunga. — Deixe-os, cara.

— Não posso. — com um aperto no peito, observo o carro partir.

— Se controla. Depois você conversa com ela. Deixa pelo menos a barra esfriar.

Sem responder, encaro a rua, frustrado.

Perigo IminenteOnde histórias criam vida. Descubra agora