Carter
Encho a cara em um bar, sem me importar com os olhares do cara atrás do balcão.
Quando me dou conta, estou chapado, cambaleando em direção à caminhonete.
Não me importo se minha mãe vai me matar quando eu chegar em casa, então giro a chave na ignição, partindo para a casa de Alyssa.
Sei que ela está sozinha. Seus pais estão viajando; ouvi boatos disso na escola.
Bato na porta, sentindo vontade de vomitar.
Bebi demais.
E minha cabeça está uma merda. Ainda penso nas palavras de Marilyn e balanço a cabeça, afastando os pensamentos.
A porta se abre de repente.
Alyssa está usando uma camisola lilás, curta, e me encara com confusão.
Eu me apoio no umbral da porta, tonto.
— Carter? — ela lança um olhar para a rua deserta depois para mim. — O que você está fazendo aqui? Está tarde.
— Posso entrar?
— Não é uma boa ideia.
— Por favor.
Ela parece prestes a negar, então observa meu estado.
— Entra.
Alyssa abre espaço e eu entro em sua casa, cambaleando até o sofá.
— Você está péssimo. O que houve?
— Não é nada. Só senti vontade de beber. — enfio o rosto entre as mãos. Respiro fundo. — As coisas estão difíceis ultimamente.
— Estão? — ela senta ao meu lado no sofá. Sou capaz de sentir seu perfume suave. — Pensei que estivesse feliz com Marilyn e o bebê.
— Não estou. — encaro seu rosto, observando suas bochechas vermelhas. — Minha cabeça parece prestes a explodir e desde que terminamos não sou o mesmo. Tudo está bem confuso.
Alyssa desvia o olhar.
— Como soube que eu estava sozinha?
— Ouvi algo do tipo na escola. Hilary comentou.
— Ah... — ela me encara intensamente. — Estou tentando seguir em frente desde que terminamos. Está sendo difícil.
— Pra mim também. — toco seu rosto, e ela fecha os olhos, apreciando o contato.
— Você não devia fazer isso, Carter. A gente terminou, lembra?
— Não me importo!
Aproximo nossos lábios, então grudo nossas bocas em um beijo lento.
Alyssa hesita um pouco, mas logo retribui. Aprofundo o beijo, ouvindo seu gemido suave, então acaricio sua língua com a minha. As mãos dela seguem para meus ombros, e eu a trago para meu colo, beijando seu pescoço.
Alyssa geme, antes de segurar minha nuca e grudar nossos lábios outra vez. Ela se esfrega no meu pau, fazendo-o ganhar vida.
— Carter. — Marilyn geme quando aperto seus seios sob a camisola. Esqueço-me do álcool em meu organismo e procuro seus lábios macios, aumentando a intensidade do beijo. Seguro seus cabelos escuros, sentindo seu perfume, antes de deitá-la no sofá, ficando por cima.
Ela espalma meus ombros, enquanto nos beijamos com intensidade.
Beijo seu pescoço antes de observar seus olhos fechados enquanto aperto seus seios.
— Não me afasta outra vez. Eu amo você. — murmuro para a garota de cabelos escuros. — Eu só faço merda, mas eu amo você. — murmuro, então percebo que os cabelos escuros são substituídos por cabelos loiros e que o rosto de Marilyn se torna o de Alyssa.
Eu me afasto como se tivesse levado um choque e fico de pé
Ela se ergue confusa, com os lábios vermelhos depois do beijo.
— Carter?
— Eu... — passo a mão sobre o cabelo. Que merda foi essa que aconteceu?! — Preciso ir. — ignoro sua voz me chamando e sigo até a porta, batendo-a quando saio.
Sigo até a caminhonete, entorpecido, antes de arrancar com o carro para casa.
***
Acendo o abajur ao lado da cama e observo a garota adormecida na cama antes de me livrar da camiseta e dos tênis.
Quando eu me jogo no colchão, Marilyn desperta desorientada.
Ela senta na cama, esfregando os olhos.
— Você está bêbado e cheirando a perfume feminino. — comenta sem me olhar, então volta a deitar na cama, cobrindo a barriga saliente com o edredom.
— Pensei que não se importasse. — murmuro com uma maldita dor de cabeça.
— Não me importo. — dá de ombros, fechando os olhos. — Mas você vai acabar se matando, se não parar com o álcool.
Assimilo suas palavras, recordando o dia em que transamos pela primeira vez. Antes de tudo, ela estava tentando me ajudar a não ter uma overdose depois da briga com Alyssa e, como retribuição, eu só a machuquei.
Engulo em seco e percebo quando ela pega no sono, então desço o olhar até sua barriga.
Eu me pego sorrindo, lembrando-me do ultrassom. Meu sorriso morre quando subo o olhar até o rosto de Marilyn. Ela está relaxada contra os travesseiros.
Acabo me aproximando um pouco, enfiando o rosto em seus cabelos soltos e longos. Passo o braço por sua cintura arredondada e relaxo contra os travesseiros.
Finalmente consigo dormir.
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Perigo Iminente
ספרות נוערMarilyn Ashworth não é uma adolescente comum. Escondida sob roupas grandes, ela luta para disfarçar que tem um pai alcoólatra e violento. Ir para a escola é a melhor parte do dia, mas estar apaixonada por um garoto que nem se importa com ela torna t...