capítulo 32: apenas um beijo

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Carter

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Carter

Encho a cara em um bar, sem me importar com os olhares do cara atrás do balcão.

Quando me dou conta, estou chapado, cambaleando em direção à caminhonete.

Não me importo se minha mãe vai me matar quando eu chegar em casa, então giro a chave na ignição, partindo para a casa de Alyssa.

Sei que ela está sozinha. Seus pais estão viajando; ouvi boatos disso na escola.

Bato na porta, sentindo vontade de vomitar.

Bebi demais.

E minha cabeça está uma merda. Ainda penso nas palavras de Marilyn e balanço a cabeça, afastando os pensamentos.

A porta se abre de repente.

Alyssa está usando uma camisola lilás, curta, e me encara com confusão.

Eu me apoio no umbral da porta, tonto.

— Carter? — ela lança um olhar para a rua deserta depois para mim. — O que você está fazendo aqui? Está tarde.

— Posso entrar?

— Não é uma boa ideia.

— Por favor.

Ela parece prestes a negar, então observa meu estado.

— Entra.

Alyssa abre espaço e eu entro em sua casa, cambaleando até o sofá.

— Você está péssimo. O que houve?

— Não é nada. Só senti vontade de beber. — enfio o rosto entre as mãos. Respiro fundo. — As coisas estão difíceis ultimamente.

— Estão? — ela senta ao meu lado no sofá. Sou capaz de sentir seu perfume suave. — Pensei que estivesse feliz com Marilyn e o bebê.

— Não estou. — encaro seu rosto, observando suas bochechas vermelhas. — Minha cabeça parece prestes a explodir e desde que terminamos não sou o mesmo. Tudo está bem confuso.

Alyssa desvia o olhar.

— Como soube que eu estava sozinha?

— Ouvi algo do tipo na escola. Hilary comentou.

— Ah... — ela me encara intensamente. — Estou tentando seguir em frente desde que terminamos. Está sendo difícil.

— Pra mim também. — toco seu rosto, e ela fecha os olhos, apreciando o contato.

— Você não devia fazer isso, Carter. A gente terminou, lembra?

— Não me importo!

Aproximo nossos lábios, então grudo nossas bocas em um beijo lento.

Alyssa hesita um pouco, mas logo retribui. Aprofundo o beijo, ouvindo seu gemido suave, então acaricio sua língua com a minha. As mãos dela seguem para meus ombros, e eu a trago para meu colo, beijando seu pescoço.

Alyssa geme, antes de segurar minha nuca e grudar nossos lábios outra vez. Ela se esfrega no meu pau, fazendo-o ganhar vida.

— Carter. — Marilyn geme quando aperto seus seios sob a camisola. Esqueço-me do álcool em meu organismo e procuro seus lábios macios, aumentando a intensidade do beijo. Seguro seus cabelos escuros, sentindo seu perfume, antes de deitá-la no sofá, ficando por cima.

Ela espalma meus ombros, enquanto nos beijamos com intensidade.

Beijo seu pescoço antes de observar seus olhos fechados enquanto aperto seus seios.

— Não me afasta outra vez. Eu amo você. — murmuro para a garota de cabelos escuros. — Eu só faço merda, mas eu amo você. — murmuro, então percebo que os cabelos escuros são substituídos por cabelos loiros e que o rosto de Marilyn se torna o de Alyssa.

Eu me afasto como se tivesse levado um choque e fico de pé

Ela se ergue confusa, com os lábios vermelhos depois do beijo.

— Carter?

— Eu... — passo a mão sobre o cabelo. Que merda foi essa que aconteceu?! — Preciso ir. — ignoro sua voz me chamando e sigo até a porta, batendo-a quando saio.

Sigo até a caminhonete, entorpecido, antes de arrancar com o carro para casa.


***


Acendo o abajur ao lado da cama e observo a garota adormecida na cama antes de me livrar da camiseta e dos tênis.

Quando eu me jogo no colchão, Marilyn desperta desorientada.

Ela senta na cama, esfregando os olhos.

— Você está bêbado e cheirando a perfume feminino. — comenta sem me olhar, então volta a deitar na cama, cobrindo a barriga saliente com o edredom.

— Pensei que não se importasse. — murmuro com uma maldita dor de cabeça.

— Não me importo. — dá de ombros, fechando os olhos. — Mas você vai acabar se matando, se não parar com o álcool.

Assimilo suas palavras, recordando o dia em que transamos pela primeira vez. Antes de tudo, ela estava tentando me ajudar a não ter uma overdose depois da briga com Alyssa e, como retribuição, eu só a machuquei.

Engulo em seco e percebo quando ela pega no sono, então desço o olhar até sua barriga.

Eu me pego sorrindo, lembrando-me do ultrassom. Meu sorriso morre quando subo o olhar até o rosto de Marilyn. Ela está relaxada contra os travesseiros.

Acabo me aproximando um pouco, enfiando o rosto em seus cabelos soltos e longos. Passo o braço por sua cintura arredondada e relaxo contra os travesseiros.

Finalmente consigo dormir.

Perigo IminenteOnde histórias criam vida. Descubra agora