epílogo

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Carter

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Carter

O maior estádio da Pensilvânia provavelmente está lotado.

Consigo ouvir os gritos da torcida.

Estou nervoso pra cacete.

Não é meu primeiro jogo no futebol profissional, mas minhas mãos estão suando de antecipação.

Um sorriso enorme aparece no meu rosto e eu penso que passei por muita coisa para estar aqui.

Passei horas acordado, treinando, revezando meu tempo entre a faculdade, minha família e o futebol. No fim, um olheiro influente se interessou pelas minhas técnicas como Receiver e acabei sendo contratado por um dos maiores times do país.

— Se apressa, cara. O jogo já vai começar. — Dan põe a mão em meu ombro, e eu fico de pé, antes de colocar os equipamentos de segurança. Coloco o capacete e respiro fundo, pensando na minha família; isso me acalma mais do que qualquer outra coisa.

Após passarmos pelos refletores enormes e pela fumaça artificial, o grito da torcida me acalma e minha concentração volta.

Mas falta uma coisa.

Depois de toda a apresentação do time, meus olhos procuram um ponto específico na arquibancada cheia.

Antes que o jogo comece, eu me aproximo de lá com um sorriso enorme tomando conta do meu rosto.

Marilyn Ashworth, a mulher da minha vida, se aproxima da área próxima ao campo, e uma pequena barreira física nos separa. Não muito, porque eu consigo levar a mão até seu rosto e tocá-la.

Retiro o capacete, e ela sorri quando beijo seus lábios.

— Esse foi o primeiro beijo da sorte. — murmuro. — Faltam três.

Consigo ver minha mãe, Alex e sua namorada, Joan, na arquibancada, um pouco mais atrás, e aceno para eles antes de voltar meus olhos para Marilyn.

Desvio o olhar para a menininha com os braços ao redor de sua cintura. Ela tem os olhos brilhantes para mim e se solta de sua mãe antes de eu pegá-la nos braços, passando-a para o meu lado. Ela rodeia meu pescoço, e eu aspiro o cheiro de seus cabelos escuros e longos.

— Amo você, papai. — Hazel murmura contra meu pescoço.

Sorrio, sentindo a velha ardência nos olhos e viro seu rostinho lindo para mim.

— Você sabe que preciso do meu segundo beijo da sorte, certo?

— Sim, eu sei papai. — ela beija minha bochecha longamente antes de se afastar com um sorriso.

Hazel fez cinco anos, mês passado, e é muito parecida com a mãe; linda como ela.

Sorrio, sabendo que a imagem do momento está sendo passada no telão, e a torcida vibra.

Coloco Hazel no lugar ao lado da mãe.

— E eu, papai? — Keenan faz uma careta, fazendo-me rir antes de pegá-lo em meus braços. Ele nasceu um ano depois de Hazel e se parece muito comigo, além de adorar futebol. Não vou negar que isso me deixa orgulhoso pra caramba.

Ele beija minha bochecha, e eu o aperto em um abraço, murmurando o quanto o amo.

Quando o solto, Marilyn tem um olhar divertido no rosto.

— Falta o último beijo, mas você vai ter que esperar alguns meses para recebê-lo, amor. — murmura.

Sorrio, descendo o olhar para sua mão com o anel de casamento cobrindo a barriga proeminente. Marilyn completou sete meses recentemente, e estou louco pra ver o nosso menino. Ainda não demos um nome, mas vou pensar nisso com calma depois.

Como não dá pra ultrapassar a barreira que separa o campo da arquibancada, seguro a mão dela e beijo sua palma com carinho. Ela sorri com os olhos marejados quando levo a palma de sua mão até sua barriga e a deposito lá.

— Amo vocês mais do que minha própria vida. — repito as palavras que gosto de dizer para ela.

Ela é incrível e, depois de ter se dedicado em tempo integral à tarefa de ser mãe, Marilyn está pensando em cursar uma faculdade em breve.

— Nós também amamos você.

Beijo os lábios dela, então me despeço, afastando-me em direção ao campo.

A torcida continua vibrando e a velha adrenalina percorre meu corpo.

O jogo está prestes a acontecer.

Lanço um olhar por sobre o ombro, observando algo muito mais valioso do que qualquer touchdown que eu possa marcar essa noite - minha família.

E no meio da torcida, a garota, que um dia chamei de estranha, me observa de uma forma que eu odiava, mas que depois passei a ansiar com todas as minhas forças.

E usando palavras que não são minhas, mas de alguém muito mais inteligente do que eu...

O amor verdadeiro é raro, e é a única coisa que dá à vida um verdadeiro sentido.


Fim!!!


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Oi, povo lindo.

Passei aqui para agradecer pelas leituras, votos e comentários que amo.

Estou mega feliz em ter concluído mais um livro aqui na plataforma; e sem a ajuda de vocês, eu não conseguiria.

Estou muito feliz e é isso.

Espero que tenham curtido esse casalzão.

Obs: Só lembrando que essa última frase é do Nicholas Sparks.

Beijos, Lucy Saycer.

Perigo IminenteOnde histórias criam vida. Descubra agora