capítulo 21: remorso

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C a r t e r

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C a r t e r

Eu sou um merda! Droga. Sei que agi de cabeça quente e não devia ter falado aquelas coisas para ela. Apesar de tudo, ela está grávida. Eu falei muito merda e até desejei a morte dela e do bebê. Não devia ter feito isso. Por minha culpa, ela pode perder o filho e até morrer.

Sinto um calafrio só de pensar nisso.

Nem sei como meu irmão não bateu o carro na viagem para o hospital. Ele dirige muito mal, e minha mãe não para de gritar no meu ouvido o quanto sou irresponsável. Marilyn continua desmaiada e tudo está me deixando assustado.

Quando finalmente chegamos ao hospital, levam-na para uma sala e eu fico na recepção com minha mãe e Alex.

Horas depois, recebemos a notícia de que Marilyn já está acordada e que o bebê está bem. Foi só um susto.

Respiro de alívio, assim como minha mãe e seguimos para a sala.

Marilyn está sentada na cama, com o olhar perdido.

Fico meio sem jeito, perto da porta, e minha mãe corre para confortá-la. A garota aceita o abraço, e meu irmão também se aproxima do leito.

— Fiquei com medo de perder o meu bebê. — ela diz, olhando-me com mágoa.

Engulo em seco, desviando o olhar para meus tênis.

— Ele está bem, não se preocupe. Foi só o estresse do momento que fez você passar mal. — minha mãe me lança um olhar matador.

— Ele está mesmo bem? — parece insegura.

— Sim. O médico já confirmou.

Marilyn suspira de alívio.

Minha mãe me encara. — E você, Carter. Não atormente Marilyn. Deixe-a em paz.

— Tudo bem. — resmungo de braços cruzados. Eu lanço um olhar para Marylin e consigo dizer: — Desculpa. Eu fui um merda.

Para minha surpresa, ela fecha a cara para mim e me ignora. Fico desconfortável com isso e decido disfarçar sob uma máscara de indiferença.

— Já posso sair daqui? — Marilyn questiona para minha mãe.

— Sim. — diz, e ela desce da maca, devagar. Minha mãe a ajuda. — Vamos para casa. Foi muito estresse para um dia só.

Ambas passam por mim e Marilyn evita me olhar. Estranho sua atitude, mas dou de ombros, seguindo-as para fora ao lado do meu irmão.


***


As duas semanas posteriores transcorrem razoavelmente bem. Marilyn me evita a cada instante como se eu fosse um leproso. Quando entro em um cômodo, ela sai. Às vezes até pego-a me olhando com raiva. Acho melhor assim, apesar de sentir certo incômodo.

Perigo IminenteOnde histórias criam vida. Descubra agora