43° Capítulo

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POV J.B

Meu pai veio buscar meus irmãos no final da tarde, eu não queria que eles fossem embora ia sentir muita saudades e por mais que eu fale que vou ir visita-los, estou mentido pra mim mesmo. Não tem como eu ir visitar-los agora, por enquanto. Finalmente me livrei do Mendes mas isso não significa que meus inimigos acabaram, eles aumentaram. Mendes tinha uma parte de Atlanta e agora que ele morreu, essa parte é minha e meus inimigos vão fazer de tudo para ter minha cabeça em uma bandeja por vingança ou por território. Não posso dar mole, preciso ficar em alerta maxima 24 horas por dia, principalmente com a Kristin, se meus inimigos souberem sobre minha namorada, eles não vão medir esforços para matar-la, eles vão usa-la contra mim e isso não é bom. Preciso manter ela longe disso tudo até a poeira abaixar. Dou risada com o meu pensamento. Quem eu to querendo enganar? A poeira nunca vai abaixar, meus inimigos cresce a cada dia e eu não posso deixar Kristin longe de mim. Preciso protege-la. Preciso ser seu escudo.

Olho para o lado, Kristin estava dormindo ao meu lado, ja passa da meia noite e eu não estava com sono. Eu tava com uma puta de uma insônia. Achei que depois da morte do Mendes eu ficaria tranquilo porém isso não aconteceu, sinto que eu deixei alguma coisa escapar pelas minhas mãos. Mas o que seria? Eu não faço idéia e isso esta causando minha insônia. Sinto Kristin se mexer na cama, ela vira seu corpo de lado e passa o braço envolta da minha cintura. Dou um sorriso e acaricio seu braço. Porra, eu não posso perde-la de jeito nenhum, ela é tudo pra mim. Nunca pensei que uma mulher fosse me deixar tão louco como ela mas olha só como o mundo da voltas, o garanhão que estava pouco se fodendo pra sentimentos, hoje esta amando. Mundo estranho não?

Ja era mais de duas da madrugada e eu ainda estava acordado, sempre que fechava os olhos, Flashback do Mendes com a Kristin passava pela minha cabeça e eu não entendia o porque disso. Era pra eu ta feliz mas eu me sinto estranho, sinto um pressentimento estranho como se alguma coisa ruim fosse acontecer e eu não estou pronto pra coisas ruins, tudo esta indo tão bem, porque não pode continuar assim? Eu não quero que esse momento especial acabe. Sonhei com a vida toda em matar o Mendes e quando finalmente consigo me sinto estranho, mas afasto esse pensamento e tento me concentrar sobre o Mendes esta morto e não poder fazer mal nenhum pra mim e para minha família, desse jeito eu conseguir adormecer.

°°°

Ja era de manhã e a claridade da janela me fez despertar, abro os olhos devagar e passo a mão do meu lado mas Kristin não estava lá. Me sento na cama e passo a mão no meu rosto, olho pra porta do banheiro e vejo Kris saindo de la enrolada em uma toalha. Ela abre um sorriso lindo e se aproxima de mim.

- Bom dia amor - sela nossos labios e se afasta indo em direção ao closet.

- Bom dia gata - me levanto e vou para o banheiro fazer minhas higienes e tomar banho. Encho a banheira e entro no mesmo.

- Vamos fazer alguma coisa? - Kristin pergunta entrando no banheiro ja vestida.

- Tipo o que? - pergunto enquanto observo ela se olhando no espelho.

- Ir no cinema - dou risada da sua proposta - o que? - ela pergunta me encarando.

- Olha pra minha cara de quem vai no cinema, Kristin - reviro os olhos.

- So queria sair com o meu namorado, foi mal - ela saiu do banheiro e bateu a porta com força. Logo de manhã vou ter que aturar a chatice da Kristin.

Saiu do banheiro e vou para o quarto, Kristin não estava mas lá, entro no closet, visto uma bermuda deixando minha cueca à mostra e fico sem camisa mesmo. Saiu do quarto, desço as escadas e vejo o pessoal na sala.

- Bom dia - falo.

- Bom dia - responderam todos em coro.

- Cade Kristin?

- Na cozinha - Caitlin responde.

Vou até a cozinha e vejo a Kristin encostada no balcão conversando com a Marie. Ela me olha mas logo volta sua atenção para a empregada.

- Kristin - ela me olha novamente com cara de tédio - no meu escritório - balanço a cabeça na direção do escritório, saiu da cozinha e vou andando para o escritório. Olho por cima do ombro para ver se Kristin estava me seguindo e a mesma estava de braços cruzados e vindo logo atrás de mim.

Entro no escritório e me sento na poltrona atrás da minha mesa.

- Fecha a porta - peço quando a Kristin entra e ela faz o que eu pedi.

- O que você quer? - perguntou entediada se encostado na porta com os braços cruzados.

- Primeiro quero que você pare com essa birrinha de criança, eu to sem paciência - passo a mão no meu cabelo.

- E o que mais? - ela descruza os braços mas continua me olhando com cara de bunda.

- Você sabe muito bem que eu não sou o cara perfeito e nem curto esse estilo casal clichê.

- Só isso? - ela estava tentando fingir que não se importa mas eu conheço ela como a palma da minha mão e sei como ela ta se sentido.

- Esteja pronta as 20:00, nem um minuto a mais, odeio esperar - me rendo.

- Perdi a vontade de sair, mas obrigada - disse a ultima frase com tom de ironia. Ela se vira pra sair do escritório porém sou mais rapido e me levanto indo até ela e a segurando no seu braço pra ela não sair fazendo ela se virar pra mim.

- Eu juro que to tentando, pode colaborar?

- Porque você não colaboro quando pedi pra sair enquanto esta no banheiro? - perguntou rude

- Eu não sabia que isso era tão importante pra você.

- Passa um tempo com meu namorado não é importante pra mim? - perguntou irônica

- Não foi isso que quis dizer - suspiro tentando encontrar paciência onde não tem.

Quando ela ia dizer algo meu celular toco. Solto o braço dela e pego meu celular no meu bolso e atendo.

- Alô?

- Bieber? - uma voz masculina me chama do outro lado da linha.

- Sim, quem é?

- Aqui é o policial Steve - policial? Isso não é bom.

- No que posso te ajudar? - Kristin percebe minha tensão e frazi o cenho confusa.

- O jatinho que estava seus parentes, mostrava que você era o dono. Entramos em contato para dizer que infelizmente o jatinho caiu e não houve sobreviventes.

Arregalei os olhos com o que eu ouvir.

Não.

Nao.

Nao.

Como isso? O jatinho era 100% seguro. Não pode ser.

Meus pais, meus irmãos estavam naquele jatinho. Isso não ta acontecendo. Isso não é verdade.

Sem pensar jogo o celular na parede e começo a chorar.

Isso não é verdade.

Isso não é verdade.

Ouço Kristin me chamar mas a ignoro. Me agacho por que não encontro forças pra ficar de pé. Isso não ta acontecendo!  Sinto o chão em baixo de mim abraço minhas pernas e choro. Tudo o que não chorei por todos esses anos, estou chorando agora. Sinto braços em volta de mim e eu sabia que era a Kristin. Precisava disso, de um abraço. Solto minhas pernas e abraço a Kristin ainda chorando, ela não entende nada mas retribui o meu abraço.

Eu estava acabado, como isso foi acontecer?

Obsession (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora