Eren - A Conquista

Capítulo 1 - Último Dia (Prefácio)

Era um fim de tarde os últimos raios de sol no Oeste lentamente sumiam sobre a cidade de Narvor uma rica e forte cidade, construída ao lado do Rio Geer que alimentava não só a cidade, mas também o mercado dos Três Reinos chamados de A Trindade. 

Em Eren havia dois grandes reinos chamados Lensy e Aedor, esses faziam uma forte aliança com a cidade além-mar chamada Rasevir, que por intenções ambiciosas formaram uma aliança, assim a nomeando sua aliança de A Trindade.

Narvor era o centro de todo o mercado em Eren, pois suas terras eram ricas em animais, e jazidas preciosas e há quem diga que tudo isso era graça aos magos eremitas - Selk e Azir - que viviam na floresta ao lado de Narvor, pois eles influenciavam diretamente na prosperidade da cidade pois forneciam especiarias, porções e artefatos encantados onde somente em Narvor era fabricado. Outros diziam que o motivo de tal prosperidade era o Senhor Calios Lahar - irmão de Horv, Rei da cidade Reino-Norte - governador da cidade, desde sua posse o lugar havia se tornado próspera e segura. Outros não se importavam com o motivo, apenas aproveitavam da riqueza e isso era o bastante.

Com suas muralhas fortes e resistentes, Narvor era um símbolo de defesa em toda Eren e prezando a cidade e sua riqueza os magos eremitas criaram uma proteção contra magias ofensivas sobre a cidade, disseram que nenhum tipo de magia atravessaria tal proteção.

A cidade possuía um forte exército de nove mil homens bem treinados pelo Capitão da Guarda, Vymer Zard, um guerreiro de grande fama que graça as suas estratégias ajudaram a expulsar invasores além-mar liderando apenas dois mil homens contra dez mil dos invasores. Todos os guardas tinham um porte altivo, usavam armaduras de aço bem delineadas em seu corpo, andavam com os escudos nas costas com o símbolo de Narvor, uma águia negra de asas aberta com o bico aberto. Suas armaduras eram todos tingidas com traços amarelos e cinzas, e seus elmos eram semelhantes a bicos de águia.

O sol caíra no Oeste e a lua cheia se erguera no céu banhando toda Narvor com um luar pálido e calmo, mesmo com a tranquilidade que o luar trazia, essa noite estava agitada, pois desde a tarde organizavam o Festival das Andorinhas. Todo início de primavera era comemorado o retorno das andorinhas sobre a cidade, especificamente na quinta lua de janeiro. O Senhor Calios dizia que simbolizava paz e prosperidade, que devia ser feito uma grande festa em prol delas. Quase tudo estava preparado, a multidão havia se formado trazendo todo tipo de pessoas, da nobreza até a plebe; as barracas estavam levantadas; as mesas estavam em seus lugares, os barris de cervejas cuidadosamente colocados perto das mesas; as tochas iluminavam o local, além do luar que caía sobre eles, quase tudo estava pronto, falta apenas o palanque.

Sobre ordem de Calios fora montado um pequeno palanque para apresentações musicais e teatrais. Os músicos que se auto intitulavam, Os Amantes de Lyria, tocavam com alegria animando a multidão de dançarinos na praça com a balada, Lyria nos ama. Antes que o banquete fosse servido, finalizaram com a balada de, Ményã nos salve.

Após o término das canções a trupe de artistas se preparava para sua apresentação, enquanto isso o banquete sobre as mesas eram servidas ao luar, cerveja escura, rum, carne de porco, javalis assados, veados e toda sorte de carne era servido para todos da cidade, todos serviam-se e brindavam pela vida de Calios e por Narvor. A trupe estava pronta, antes que a peça se apresentasse, Calios foi ao pequeno palanque.

- Ó povo de Eren, saúdo todos nessa noite - Disse segurando uma taça de vinho e com satisfação na voz, Calios era pequeno e barrigudo, com uma barba extravagante. No seu ombro carregava uma espécie rara de águia, uma branca com traços vermelhos, eram espertos e alguns diziam que podiam falar.

- Regozijem-se todos essa noite, pois celebramos mais um vezes a volta das andorinhas, como todos sabem, é sinal de paz e prosperidade! - Disse com sorriso bem alto no final. - Apenas lamento que nossos amigos eremitas Selk e Azir não tenham vindo, porém não motivo para tristezas. Façam de tudo essa noite, só não queimem minha torre, saúde! - Disse erguendo a taça de vinho, em coro todos responderam "saúde".