Continuando da parte 2...
Quando recobrou a consciência, era esperado lembrar-se do acontecido, que Danyer havia falado coisas estranhas a respeito dele trazer um exército, e agora estava em dos barcos da Frota Daer d'Mont sendo levado para algum lugar. Devia sentir o balançar do navio, se assustar com os seus rangidos. Devia perceber o incomodo de estar deitado sobre um monte de fenos. Devia sentir o forte odor de cerveja e o calor da sela em que estava.
Mas não notara nada disso, quando abriu os olhos, a primeira coisa que se lembrou foi da águia e do seu livro. Dessas lembranças, percebeu que a águia, fora ela um aviso do destino, se tivesse ido avisar ao rei Horv, seu pai, tudo estaria certo. Ainda teria os laços com sua família e poderia explicar que fora tudo um mal-entendido, mas agora era tarde demais, havia perdido a chance que caiu sobre sua veneziana. Naquele exato momento, inclinando-se sobre o feno, pôde sentir a sólida e maleável existência do destino.
Levantou-se do feno, sentia sua nuca doer e latejar. Olhou ao seu redor e nada via, era o único na cela, as duas outras celas ao seu lado tinha apenas feno e um balde. "O que diabos Danyer está fazendo?" pensou. Sentia-se perdido naquele momento, o que Danyer havia dito não fazia o menor sentido, e inconscientemente criou certa raiva por ele. "Navegar no mar de incertezas... Ainda não faz sentido" pensou.
Escutou passos vindo de uma parte escura do navio que dava acesso a uma escada. Alguém com capa cinza que lhe cobria o rosto caminhou lentamente até a cela, notara que pelo modo como caminhava era uma mulher, era um pouco alta.
Depois de um momento o encarando por dentro do capuz ela puxou capuz revelando seu rosto. Assim seria, caso outra pessoa estivesse no lugar de Wallar. Desde o momento em que a viu, notara seu caminhar reto, depois viu a mulher revelar seu rosto movendo lentamente o capuz para trás. Perante a fraca luz que fazia na cela, revelou belos cabelos castanhos ondulados que lhe escorreram graciosamente pelo seu rosto, com um toque sutil ela o afastou do rosto, que parecia ter seus vinte e quatro anos, após notar tudo dessa maneira, percebeu que o quão era idiota.
Wallar a reconheceu de imediato o seu olhar castanho. Era Jenna, a filha do líder da frota, Daer Dzyrk. Então mais uma vez notara algo interessante nela, que nenhum momento parecia um pouco gorda.
- Você...Era você que estava me perseguindo no mercado, não era? - disse massageando seu pescoço e por algum motivo contendo ao máximo o nervosismo em sua voz, talvez fosse a súbita lucidez de estar em alto mar longe de tudo que conhecia.
- Talvez... - disse com um sorriso tímido. - Danyer pediu para que o vigiasse. Devia lhe dizer, que você é péssimo em se esconder, muito previsível...
- Tem razão... - De repente lembrou de seus irmãos que pensava o mesmo, suprimiu todo o amargor da lembrança.
- Então... Achei muito covarde de sua parte recusar a luta com Vartore d'Sá. - disse Jenna, pelo seu tom de voz, Wallar notara que não havia repreensão.
- Mas foi muito corajoso de sua parte revelar que é um feiticeiro na frente de todos. Graças essa atitude, me fez mudar de ideia sobre você... - Wallar baixou a cabeça sentindo seu rosto esquentar, sabia que devia estar ruborizado," Mal a conheci, e já estou ruborizado? Sou idiota a esse ponto?".
- E o que você pensa sobre feiticeiros...? - disse. Mas no fundo sabia que não se sentia como um, apenas conseguia usar magia com facilidade.
- Muitas coisas, especialmente que eles não devem revelar quem são. E essa sua atitude me fez perceber que não é tão esperto quanto imaginava. - Disse Jenna.
- Também não é nada esperto raptar um. Especialmente, conversar com eles, dizem que eles são sedutores nato. - disse Wallar.
"Idiota, eu sou muito idiota, que fala mais horrível. Sedutor? Eu?" pensou. Notara que ela reteve o sorriso, que se revelou lentamente após um breve tempo de silencio, o deixando extremamente desconfortável, ela o analisava demais, sendo que ele fazia o mesmo, mas com descrição.
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Eren - A Conquista
FantasyJaar Derni, um Feiticeiro de Guerra, que forçado a esconder sua identidade, se exila na pequena cidade de Oliva. Depois de muito tempo resolve ir com seu filho Niek, a Narvor, participar do Festival das Andorinhas, de certo também deseja ver seu ir...