Parte 3

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Continuação da parte 2...

- O quê? Como é possível? E Dri, e seus filhos? Estão vivos?

- Sim. Vymer Zard chegou a pouco tempo no castelo. Dri e meus sobrinhos estão com Lina. - Tal notícia havia trazido um pouco de alegria para eles.

- Mas como, pai? Como foi possível um exército marchar por nossas terras sem que ninguém notasse?

- Não houve exército, Sendrik. - Mergulhou a ponta da pena no tinteiro e voltou a escrever. - Vymer relatou tudo o que aconteceu durante a destruição.

- O que quer dizer?

- Magia. - Quase rosnara Horv. Agora largou a pena e o encarou - Eu os avisei. Avisei que não deviam iniciar uma guerra com Avijdera. Mas não escutaram, agora nós pagamos o preço pela Cidade dos Magos... Eu os farei pagar por isso.

- Uma guerra com Lensy e Aedor, seria desastroso para nós.

- Já não está sendo desastroso o suficiente?! E sem ao menos ter uma guerra! - Levantou-se da mesa, enrolou o papel e seguiu até uma escrivaninha o guardando em uma gaveta.

- Deixe que as cidades além dos Montes Pedregosos façam o trabalho. Ouvi rumores que eles preparam um exército para vingarem Avijdera.

- Não irei esperar um bando de preguiçosos atravessar os Montes.

- O que pretende fazer? Marchar com nosso exército de oitenta mil homens, rumo ao oeste? Aedor e Lensy, são aliados, assim como nós com o Reino-Sul, mas acho que Neevos Trendmit não irá levar seus homens. - Horv fez uma cara de desagrado e pegou uma jarra de vinho e encheu uma taça.

- Por centenas de anos mantivemos a paz no Norte. Narvor supria nossas necessidades enquanto nos ocupavam em expulsar os invasores além-mar e rebeldes...

- Sim, os Lahar à anos protege o povo do Norte, mas agora seria sábio protege-los evitando uma guerra. - Levantou-se da cadeira e juntou-se ao lado de seu pai que o entregou uma taça e a encheu de vinho.

- Acha que o ataque foi planejado por alguém?

- Tenho minhas suspeitas. - Disse Horv agora caminhando até a uma pequena sacada, Sendrik o acompanhou. - Freine Forle.

- Ouvi rumores que ele estava vivo. Mas acredito que rumores não consegue destruir toda uma cidade, pai. Além do mais, faz dois anos que Avijdera foi destruída, e Freine foi dado como morto pelos soldados.

- Sim, ele foi morto. Mas acharam o corpo? Não.

- Não, de fato. Pois a torre em que ele e todo o Conselho estava reunido, desabou.

Ficaram em silencio por um breve tempo, bebendo do vinho de suas taças.

- Você o achou, Sendrik? - Disse Horv lentamente.

- Pai, esqueça ele. Ele não faz mais parte da família. Um Lahar que abandona o próprio nome, não pertence mais a essa família. Pare a com busca, ele está morto para nós. - disse Sendrik, tentando não sentir remorso.

Horv riu amargamente.

- Sabe por que ele fugiu?

- Não.

- Após eu contar a verdade, ele disse: Quero saber do meu destino. E não o encontrarei aqui. No outro dia ele havia fugido.

- Que verdade? Ele não disse isso a nós, quando o encontramos. - Horv o encarou.

- E onde o encontraram?

- Não importa. - Horv e Sendrik simultaneamente olharam para um velho atrás da mesa, que havia surgido do nada. Atrás do velho havia um belo portal que pulsava entre o negro e branco, era curvado feito de pedra; ricamente detalhado. - O que nós temos a dizer é mais importante que qualquer coisa. - Foi até a mesa onde havia uma jarra de vinho.

Eren - A ConquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora