CAPITULO 8 - A ESFERA DA ALIANÇA

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Fazia frio naquela manhã na cidade Reino-Norte.

No castelo do rei, em uma local particular e reservada do castelo, havia uma grande área, na qual era chamado, Jardim do Inverno, um belo e calmo local, onde se tinha vista para a cidade e o mar. Como esperado, existia uma gama de variedades de flores, as principais eram girassóis, lírios, orquídeas e tulipas, todas elas exalavam aromas dos campos e florestas, além de colorir todo jardim.

Das várias fontes e esculturas que haviam no jardim, havia uma que mais se destacava pela sua beleza e coloração imprescindível. Todos a chamavam de, Anriel, a escultura de uma mulher tentando tocar o céu.

Graças a escultura de Anriel, o jardim era movimentado, por mais que fosse somente a poucos permitido entrar nele. Apenas pessoas da corte, amigos do rei, ou quem estivesse acompanhado deles.

Mas naquele dia pouco movimentado estava, alguns serventes, algumas pessoas andando sem objetivo aparente.

Em silencio estava Sendrik sentado em um banco, segurava uma flor e atentamente a encarava observando suas pétalas verde, o barulho de crianças correndo no jardim tirou sua atenção, somente ao erguer a cabeça é que notava o céu cinza.

"É sinal de mau agouro..." pensou, era visível seu humor arruinado, "Odeio dias cinzas".

As crianças se aproximaram, elas brincavam com gravetos, na tentativa de simular o duelo de espadas, Sendrik os observava atentamente, sendo inevitável as lembranças que surgia...

                             ****

- Onde ele está, Sendrik? - disse Lina ao lado do irmão mais velho, ele estava sério algo pouco comum, mas Lina sabia que o seu péssimo humor devia ao fato de ser um dia cinza.

- Sabe que ele pode estar na floresta procurando monstros não, é?

- Possivelmente, mas ele não está. - disse Sendrik, ele segurava duas espadas de madeira que escondia atrás de seu quadril.

Caminhavam até o jardim, esperavam encontrar Wallar.

Ao entrarem, seguiram direto a fonte de Anriel.

Wallar estava sentado encarando a fonte, assobiava uma canção de ninar, ao notar eles se aproximando abriu o livro rapidamente e fingiu estar atentamente focado em sua leitura.

- O que faz aqui? - disse Sendrik seriamente, assim como Lina, ignoravam o seu péssimo disfarce.

Wallar virou o livro e leu o título na capa.

- Histórias e Conquistas da Arte... - disse. - Me pareceu um bom livro. E vocês? Não deviam estar no treino de espadas?

Lina cruzou os braços.

- Exato, onde você também deveria estar, cara-de-tomate! - disse, ao vê-lo corar.

Desistiu do disfarce e fechou o livro, até agora Sendrik nada disse.

Wallar suspirou e pôs mão na testa.

- Sou realmente obrigado a ir? - disse, olhando por cima da mão.

Sendrik revelou duas espadas de madeira que escondia atrás de si.

- Você nunca vai, por que pergunta isso? - disse Sendrik. - Aqui. Pegue. - Jogou em sua direção uma das espadas de madeira, Wallar agarrou pelo corpo ao invés do cabo, ele seus irmãos o encararem com olhar de desaprovação.

- O que? É feita de madeira, não irei me cortar se pegar errado... E não gosto de espadas. - Agora a manuseava corretamente, cortava o ar lentamente para tentar se acostumar com o peso disforme da espada de madeira.

Eren - A ConquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora