Continuação...
Não havia para onde ir, nem onde se esconder. Eram muitos.
- Pai...Templo...deuses - Disse Niek, com sua voz carregada pelo sono. Compreendendo o que disse, quase se arrependera de adormecê-lo. Era sabido por muitos que o Templo dos deuses era sagrado, curando até doenças apenas por entrar. Nada impuro, como demônios e afins podia entrar, Jaar sabia que a invasão que ocorria naquele momento era acompanhada da Magia Banida.
Ignorando o que havia visto, seguiram para o Templo sempre se perguntando sobre seu irmão. Pelas ruas eram o mesmo cenário que tentava ignorar, o barulho de espadas havia se intensificado ainda mais, ouvia o rugido da criatura gigante que provavelmente estava destruindo tudo ao seu redor, apenas escuta-lo o fazia estremecer.
Chegaram ao Templo dos deuses, grande e destacado pelas imagens dos deuses ricamente detalhadas nas pedras. No lado esquerdo estava a imagem da deusa Lyria, a Dona da Lua, talhada sobre a rocha de uma forma graciosa e bela, na intenção de despertar a paixão nos homens. Do lado direito o deus Hidrils, Guardião do Sol, erguendo uma espada, seu semblante era de coragem. No centro das escadas que seguiam para o portão, estava a imagem do deus Ményã, O criador, O Imanifesto, com os braços abertos como sinal de aceitação.
Antes de entrarem, havia um pequeno espaço onde ficava a Fonte da Luz, observou não com muita clareza uma figura gorda vestida de uma bela túnica real, tinha uma barba extravagante, um capuz cobria sua cabeça, parecia que suas mãos e pés estavam amarrados, sua cabeça em constante movimento revelava seu medo.
Forçando a vista percebeu que era o Senhor Calios ao lado de um estandarte branco fincado no chão com uma insignia de uma espada negra na horizontal, a bandeira estava em chamas vermelhas, mas o fogo não a consumia. Naquela situação se perguntara onde estava a família de Calios e o soldado sem elmo que não o reconhecera como Vymer, pois, era ele o responsável pela guarda de sua família, não acreditava que ele poderia ter sido morto, muito menos abandonado o Senhor Calios.
Jaar levou a mão sobre a cabeça Niek, que novamente emanava uma luz azul agora o acordando.
- Niek! Niek! Acorde filho, preciso que entre no Templo agora! Tudo bem? Estará a salvo quando entrar e não saia! Agora vá, ajudarei o Senhor Calios então iremos nos juntar com você, entendeu? - Disse, o garoto assustado tentando compreender o que estava acontecendo, obedeceu e correu para o templo.
Jaar correu em a direção a Calios, aproximando-se dele o anel em seu dedo ficou vermelho e passou a queimá-lo, num movimento de dor tirou rapidamente do dedo e jogou no chão, viu derreter até o rubi, que o assustou fazendo pensar no que aconteceria se o deixasse por mais tempo. Ignorou a dor e o fato de o anel derreter. Se ajoelhando, removeu o capuz de Calios, estava com os olhos fechados.
- Por favor, não me mate, tenho muito ouro, OURO DOURADO! sou irmão do Rei Horv do Reino-Norte, se me poupar será RICO pelo resto da sua vida! - Disse Calios com a voz tomado pelo medo e o desespero, estava com os olhos fechados.
- Calios! Sou eu! Não vou matar você! Agora, precisa levantar, devemos ir agora para o Templo - Disse Jarr, dando um tapa em seu rosto para que abrisse os olhos. Funcionou.
- Pelos deuses de Thrane, é você Jaar! Obrigado Ményã, muito obrigado! Agora me ajude a desamarrar essas cordas - Disse Calios, o medo tomava conta dele, mesmo após desamarrado. - Devemos nos apressar, minha família seguiu para Oliva, junto com Vymer, devemos ir, agora! Eles estão vindo!
- O quê? Quem está vindo?! - Disse Jaar confuso.
- Não temos tempo, explico depois e muito obrigado, será muito recompensado por isso, agora vamos sair daqui! - Disse Calios, indo na direção do Templo, mas antes que pudesse dar dois passos, viu a sombra de um homem se aproximando, vestido com um manto de cor verde, com traços laranja. Mais duas sombras, apareceram da névoa. Três, era o que Jarr obviamente concluía.
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Eren - A Conquista
FantasyJaar Derni, um Feiticeiro de Guerra, que forçado a esconder sua identidade, se exila na pequena cidade de Oliva. Depois de muito tempo resolve ir com seu filho Niek, a Narvor, participar do Festival das Andorinhas, de certo também deseja ver seu ir...