Ali ficou, parado no meio do quarto observando a bagunça.
- Agora, Elo'en!
Então, alguém pulou em suas costas o agarrando pelo pescoço. Logo, foi agarrado pelas pernas.
- Está preso, peguei você! - gritou a pequena menina segurando suas pernas e mordendo-a. - Derrube ele, Sca'en!
Sca'en, o agarrando pelo pescoço, deu pequeno socos em suas costas, Nvik reagia de forma exagerada tentando se soltar, então se jogou no chão, logo sendo atacado pelas duas crianças.
- Eu me rendo! Eu me rendo! - disse Nvik levantando as mãos. - Eu provei não ser páreo para os guardiões, eu me rendo!
Quando as crianças se afastaram com satisfação no rosto, Nvik pulou e agarrou as duas crianças e as girou.
- Que bom que você veio, papai! - disse Elo'en rindo freneticamente.
- A dona Lanne estava zangada com você. - Completou Sca'en também de rindo de satisfação ao ver seu pai retornar.
- Ela está sempre zangada comigo. - Os colocou no chão e contemplou a bagunça. - E parece que a camareira irá bater em vocês.
- Foi a Elo'en que me arremessou o travesseiro da cama, papai. Aí joguei nela o livro da prate... pratele-le...
- Prateleira, cabeça de abobora! - disse Elo'en com os braços cruzados.
Nvik suspirou.
- É melhor nenhum de nós está aqui, quando a camareira chegar. Vamos, lembram que hoje é dia de ficar com seus avós? Hoje vou ficar a tarde inteira fora, o serviçal está esperando vocês, vamos.
- Ah não, por que você sempre vai? O rei nem precisa de você, ele é mau e fedorento, fede a vinho. - disse Sca'en.
- É mesmo. - disse Elo'en, olhou para os lados sem encarar seu pai. - E quando... - colocou os braços atrás do quadril e baixou a cabeça. - Quando nos levará até a mamãe? Você sempre diz que vai nos levar.
Sca'en acenou com a cabeça.
- É mesmo. Já vimos a vovó e o vovô várias vezes.
Nvik revelou um sorriso triste.
- É melhor a gente ir. E não se preocupe, eu prometo que levarei vocês até ela, mas não hoje.
Então deixaram o quarto, Nvik os guiou até o serviçal encarregado de leva-los para fora de Nothenur, em uma fazenda próxima onde vivam seus pais. Depois de chorarem e implorarem para ficar, eles partiram para visita-los, sendo que retornariam em poucos dias.
*********
Ao meio dia, após deixar seus filhos com seus pais, Nvik foi diretamente para a Praça da Justiça.
Naquela hora a cidade se tornava barulhenta, carroças indo e saindo a todo momento; a cavalos andavam os nobres, com suas roupas belas e adornadas com seus títulos, em suas mãos, anéis concedidos pelo rei que lhe geravam fama e reconhecimento entre o povo.
Nvik, caminhava lentamente pela cidade, sempre ignorando os olhares furiosos das pessoas, tentando não escutar os xingamentos e maldições lançadas sobre ele. A sua frente se aproximava três soldados com armaduras de couro com pequenas partes de ferro, tinham cores azuis e brancas, usavam alabardas com o que faziam a ronda do dia.
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Eren - A Conquista
FantasyJaar Derni, um Feiticeiro de Guerra, que forçado a esconder sua identidade, se exila na pequena cidade de Oliva. Depois de muito tempo resolve ir com seu filho Niek, a Narvor, participar do Festival das Andorinhas, de certo também deseja ver seu ir...