Parte 2

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Continuando da parte 1...

- Nada... Apenas que estamos partindo hoje. Termine de comer e me acompanhe até o Porto, Wallar, tem algo que preciso lhe mostrar. - Disse Danyer, com os olhos baixos.
                                                                                                         ***        

Após terminarem, seguiram para os portões norte, Wallar em algum momento sentiu que estava sendo perseguido novamente pela pessoa de capa cinza que lhe cobria o rosto, mas ignorou.

Desceram algumas ruas até chegarem ao portão onde havia dois cavalos nos estábulos a espera deles. Danyer disse que o pardo seria o dele, que iriam a cavalo até o porto, pelo fato de ser um pouco afastado da cidade.

Apertando os arreios do cavalo, o preparam para montar, Wallar notou que havia um homem parado do lado de uma bela carroça, estava gritando para os guarda que os impedia de passar. Havia uma bela mulher, a outra parecia ser sua mãe.

- Malditos! Não viemos de tão longe para sermos barrados por guardas patifes como vocês! Nos deixe passar, temos uma mensagem para o rei! - Disse o homem quase rugindo. Notou uma outra pessoa do lado da carroça, montado em um cavalo.

- Guarde sua língua senhor, antes que eu a prenda com uma faca! - disse o guarda com convicção. Eles vestiam belas armaduras de aço, com belos adornos do sol e a lua, no peito e no ombro havia a insignia do cavalo em chamas.

- Aos diabos com as masmorras!... - Parou por um momento notando alguma coisa. - Mas que miserável, você nem está me reconhecendo! Sou Krak Delatto, seu patife de merda! Sou eu que forjo as melhores armaduras e espadas de toda Eren, de toda essa merda de reino! Sem mim, suas espadas seriam apenas gravetos e suas armaduras seriam como feno! - disse o tal de Krak Delatto. Seu rosto estava vermelho de raiva. Os guardas empalideceram ao ouvir seu nome. Sabiam da fama dos Delattos, de quão simpáticos eles eram.

- Ah, des-de-desculpe senhor Delatto, desculpe não o reconhecer. Bastava ter dito antes, assim não provocaria tudo isso.

- Mas que merda, agora preciso dizer meu nome para ganhar meu respeito! Lembre-se de guardar os rostos das pessoas especialmente se eles forem um dos Delattos.

- Si-sim senhor, faremos isso. - Disso o guarda ao lado. - Po-por precaução, devem ir para Companhia do Ouro, se estiverem com mercadorias na sua carroça. - Disse o guardo com postura.

-Sim, sim, sei disso, agora saiam do nosso caminho e nos deixe passar.

- E aquele nobre senhor a cavalo? Está com vocês?

- Sim, ei! Esqueci o seu nome! Diga logo.

- Erik, meu bom homem! - Disse o homem montado a cavalo, tinha cabelos um pouco grande precisando aparar, possuía um rosto de poeta, trajava um jaqueta e calça de coura bem casual. Percebeu que o guarda ainda esperava algo a mais. - Erik Rovi!... Santo Ményã por que dão tanta importância aos sobrenomes - disse as últimas palavras quase sussurrando.

Os guardas abriam passagem para eles avançarem.

- Wallar! Prepare seu cavalo e vamos logo. - Disse Danyer.

                               ***

Cavalgaram até avistarem os cincos navios de três mastros que graças as águas serem fundas permitiam atracarem no porto. Chegaram aos estábulos perto do estabelecimento da Companhia do Mar, uma organização que a Trindade criara, como função solicitar recursos que faltavam para o reino e taxar impostos sobre todas as mercadorias que entravam.

Eren - A ConquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora