CAPITULO 10 - TEMOR, ESPADA, LIVRO

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                                                              *Perdão o capitulo longo :)*


Em Éndar, ao sudeste da cidade Nothenur, se encontrava a tão conhecida Floresta do Silencio, que se estendia pelas terras do Ermo Cinza, Videiras, Yrne, Narenn, Yenassor, ainda podendo encontra-la nas terras dos Reis Gêmeos, em Kadres. Mesmo ocupando grande espaço, a floresta não era somente conhecida por sua extensão, mas por que foi lá, onde o famoso e tão amado, soldado Ornij de Nothenur, conhecido como Cervo, fora morto.

E as histórias sobre a floresta foram muitas; diziam que estava amaldiçoada, que os mortos caminhavam por ela, as feras negras, vampiros, demônios, todas essas criaturas rondavam pela floresta após a morte de Ornij; assim pensavam, na tentativa de atribuir o horror que havia acontecido naquele local.

Dentro da floresta, entre arvores cobertas de cogumelos, onde os musgos formavam um belo e verde tapete; tudo ao redor estava com um aspecto solitário, o luar dava a impressão de calmaria, cobria toda a floresta em uma capa brilhante, onde as arvores tinham suas folhas inclinadas como se o próprio luar tivesse peso.

Mesmo o luar iluminando quase toda a floresta, podia-se ver sinal de fumaça.

- Coelho, acenda rápido, coloque erva-mel para não fazer fumaça. - disse, olhando para todas as direções.

- Eu sei disso, Pantera... - sussurrou o Coelho, assoprando os pequenos gravetos que resistiam em não queimar.

Logo, atrás das estatuas que formavam um círculo ao redor de uma arvore florescente, escutaram um som oco, de algo pesado caindo no chão.

- Olha só, Lontra ... os dois preguiçosos já estão confortáveis. - disse, puxando um baú de madeira vermelha.

A Lontra arfando se apoiou na estátua ao lado, encarando-os com olhos cheios de ira.

- Sim, Castor, estou vendo. Tão preguiçosos que ainda nem acenderam o fogo... - disse. 

A Pantera os encarou, desvencilhando sua bainha.

- O que vocês dois idiotas estão fazendo? Deixem o baú aí mesmo.

Os dois recém-chegados, caminharam arquejando até ao redor do fogo que o Coelho havia acabado de acender, e agilmente pôs erva-mel para espantar mosquitos e diminuir a fumaça.

- Lontra, veja se o Leão está próximo, aquele miserável disse que já iria estar aqui. - disse a Pantera, apoiando suas costas na raiz, logo fechou os olhos.

A Lontra sentada sobre o musgo e se aquecendo sobre o fogo, encarou-a com um olhar semicerrado.

- Que vá o diabo, mas não eu... - enrolou sua capa, a pôs atrás de sua cabeça até se apoiar nas raízes coberta de musgo. - Eu e o Castor, trazemos aquele maldito baú desde os Campos de Julho, o que vocês dois fazem? Apressam o passo para não dividir o fardo.

Pantera bufou, abriu os olhos.

- Fizemos todo o trabalho de rastrear os soldados de Nothenur durante a coleta de impostos, ainda tivemos que dar cabo deles, eu e o Coelho matamos quase todos, vocês apenas tiveram o trabalho de matar alguns, então pare de reclamar e vá logo.

- Eu já disse, que vá o diabo! - disse a Lontra, encarando os vibrantes olhos violetas da Pantera.

O Castor passou o punho sobre a testa.

- Coelho, você está descansado, vá ver se o Leão está perto. - disse o Castor, que logo retirou os dois machados que carregava na cintura, os guardando ao seu lado.

Eren - A ConquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora