Capítulo 6 - Dança no Mar

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Quando acordara na fria cela pela manhã, sentia uma imensa fome, não havia comido nada desde o encontro na taberna com Danyer. Quando fora deixado preso na cela pelos marujos Jeff e Hevort, eles não trouxeram nem um prato de comida durante toda a noite.

Durante toda madruga havia sentido o balançar do navio, assim, vomitava quase a todo momento, parou somente quando seu estomago ficara vazio.

Após um longo momento ao acordar, levantou-se do monte de feno e fora sentar em um pequeno caixote, sentia as pernas bambear, que o fez lembrar dos dois únicos momentos em que sentiu tal fraqueza.

                                                                                   ...

Estava na Floresta do rei, ali onde por muitas vezes passeava com sua família, Wallar apreciava estar ali, gostava do ar puro, das arvores sempre verdes e amarelas, na qual as chamava de sempre-vivas.

Naquele dia estava ali por um motivo. Caçar.

Embora fosse proibido a caça na Floresta do Rei, ele não se importou, sendo filho do rei, certamente não seria punido se fosse pego.

Andava lentamente a um bom tempo com seu arco recurvo, tentando avistar algum animal. E assim continuou, até chegar em um raso riacho que descia das montanhas.

Decidiu seguir riacho acima, onde havia uma pequena lagoa cristalina onde as vezes banhava nela.

Caminhou lentamente pulando de uma pedra a outra. Ao chegar na pequena lagoa, parou imediatamente, ao ver um cervo bebendo na beira do lago.

Precisamente armou seu arco com a flecha. Mirou em sua direção, ele continuava a beber sem notar seu cheiro ou presença.

Prendeu a respiração e mirou. "Comerei você no jantar junto com minha família", pensou.

Mas antes de disparar, o cervo deu um salto e correu, tal motivo fora causado por um grande urso marrom que surgiu da mata, ele corria na direção do cervo.

No momento de sua aparição Wallar vacilou com sua mão e soltou a flecha que acertara o chão próximo ao urso, chamando sua atenção.

Ele levantou-se nas patas traseiras e rugiu alto em sua direção.

Wallar sabia que aquele comportamento de se elevar nas patas traseiras significava curiosidade do urso, não sinal de agressividade. Sabia que não devia correr.

- Santo Ményã... - disse, em seguida correu; O urso fizera o mesmo, pois ele o havia identificado como uma presa.

Correndo entre as arvores, desviando delas habilmente, arfava pesadamente. O medo e a adrenalina apertavam seu peito. Havia abandonado seu arco e aljava no momento da corrida.

A cada passo sentia o urso atrás de si, sentia sua corrida pesada e seguida de seu roco rugido e sempre sentindo sua pata em suas costas, sabia que os ursos corriam mais que ele.

Pensara em subir em uma arvore, mas o seu medo de ser pego pelos os pés, não o deixaram fazer tal coisa.

O urso chegou perto o bastante para derruba-lo com suas garras o atingindo na perna. Ao cair no chão o urso se ergueu nas patas traseiras e rugiu novamente.

Nesse espaço tempo, uma bola de luz se formou na mão de Wallar, então apertou a bola; ela explodiu liberando uma luz que rapidamente se formou em sua imagem.

Havia conjurado um espectro, sendo ele de aparência do seu conjurador; apenas o rosto não revelado.

O urso rugia ferozmente ao derrubar o espectro na sua frente; o urso o mordia, o arrastava pela terra e o pressionava com suas garras tentando arrancar seus membros, mas não afetava o espectro; ele reagia apenas a soco e chutes.

Eren - A ConquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora