Parte 3

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Continuação...

- E eu, caro amigo conviva, sou o famoso mago eremita que habita essa região. Meu nome é Selk! - Ruther conteve a surpresa.

- Sim... Vocês são os magos eremitas que habitam essas terras. Selk e Azir. Esperava algo mais... fantasioso, eu acho - Disse, quase lamentando.

- Ora, não estamos em... - disse o velho Selk.

- Um conto de fadas... - disse Azir, com um sorriso que começou a irritava Ruther.

- Concordo, caso estivéssemos em algo semelhante, certeza que seria a pior de todas - disse Ruther secamente. Um silencio incomodo se apossou da cozinha, escutavam levemente o borbulhar da água na panela e os sons de comida sendo mastigada por Selk e Azir.

- Quando chegaram em Narvor, o que viram lá? - disse Ruther subitamente.

- Oh nãão, é você que vai nos contar primeiro... - disse Selk.

- Tudo o que aconteceu lá, só então... - disse Azir com seu sorriso juvenil.

- Lhe contaremos tudo o que aconteceu depois! - disse Selk tomando gosto pelas patas do caranguejo.

Ruther deu um leve suspiro. De forma não detalhada contou tudo o que se passara em Narvor durante o ataque. Contou sobre a névoa. Sobre as criaturas que havia visto. Sobre a criatura gigante que derrubara os muros de Narvor. A aparição das três pessoas, chamados de Nvik, Elena, o terceiro apenas mencionou que era um careca, pois não viveu o bastante para ouvir o seu nome, que era Ollad. Ao mencionar os dois nomes notou que eles lhe pareciam familiar para os magos. Com lamento em sua voz falou da morte de seu filho. Não confirmou a morte de Calios. Por fim, contou que devia estar morto e explicou o motivo das cicatrizes, em seu ombro e estomago.

- Curioso... Não sei como pôde ter sobrevivido Ruther, mas o que aconteceu em Narvor é lamentável... - Disse Selk tamborilando os dedos sobre a caneca.

- Sim, espero que o senhor Calios esteja vivo... - Disse Azir.

- Ah... e lamento pela morte de seu filho, mas... - Disse Selk.

- O que aconteceu com a mãe dele? Onde ela está? - Disse o jovem hesitando em perguntar.

Ruther não respondeu apenas encarava a mesa, perdido em pensamentos, até o momento havia consumido apenas o chá que havia saciado sua sede e fome.

- Desculpe a pergunta, agora percebo que foi uma pergunta incomoda... - Apressou-se em dizer o jovem.

- Sim, de fato. Mas tudo o que contei não foi a pior parte... As pessoas que invadiram Narvor, usavam magia banida. As criaturas que vi, todas foram invocadas por ela. - disse Ruther.

- O que você disse? - Espantou-se Selk.

- Eles usavam magia banida. - Repetiu.

- Magia banida...Magia banida... - Disse Selk, parecia que estava tentando lembrar de alguma coisa. - MAGIA!... - Disse, quase gritando.

- BANIDA! - Exclamou Azir.

O velho de cabelo brancos, sacudiu sua cabeça.

- Santo Ményã! Lyria me beije agora, eu voltei! - Exclamou Selk com animação. - Vo... - Rapidamente levantou do seu assento e apontou para Azir.

- Cê, pegue as ervas amarelas e as misture com as cinzas daquele saco, rápido! - Exclamou Azir. Curiosamente Selk fora atrás das cinzas e das ervas. Azir apressou-se em encher as duas canecas com água quente.

- O que vocês estão fazendo? - Disse Ruther, confuso. Eles não responderam, colocou as canecas na mesa, gritou para Selk se apressar. Ele veio correndo da dispensa, com as ervas na mão direita e um punhado de cinzas na esquerda. Jogou as cinzas nas duas canecas de água quente, depois amaçou as ervas, murmurou algo e dividiu entre as canecas.

Eren - A ConquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora