🏆🥉 Ganhador da segunda edição do Concurso Diamond Writers 2019
🏆🥈Ganhador da primeira edição do Concurso Magic Shop
🏆🥈Ganhador da primeira edição do concurso SPN
Serena Morgan perdeu os pais de maneira brusca e inesperada. Ela não esperava qu...
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Estou parada nos portões do castelo, como na primeira vez que vim aqui.
Vejo símbolos desenhados nas colunas, no portão, e algumas partes das paredes.
Runas.
Por que a família real tem runas em todo lugar? Certo, eu as havia notado quando cheguei, mas devo ter me esquecido de perguntar para Claire ou Lexie com os acontecimentos dos últimos dias. Mas ainda assim, é bem estranho...
Adentro os portões, percebendo que os guardas não me notam. O jardim está escuro e diferente da última vez que eu vi à luz do sol.
Entro no castelo, vendo tudo apagado e silencioso. Caminho pelos corredores, vendo uma mudança na decoração e nas cores de tudo. Parece tudo... velho demais! Não vejo parte dos vasos rosas, os lustres não são os mesmos e está tudo muito bastante.
As runas continuam desenhadas em todos os lugares aos quais eu consigo ver, e algumas delas que eu sequer havia lido a respeito também aparecem.
—Não podemos deixar eles fazerem isso! –eu ouvi a voz de Claire gritar.
Corro pelo corredor e adentro uma sala que não tinha visto antes. Era ampla e escura, parecida com um escritório. No centro dela, Claire, Joseph e mais duas pessoas discutiam.
—O seu filho matou a garota, merece ser punido! –a mulher, em tom ríspido.
Não... Aaron? Vejo um garoto, de mais ou menos nove anos, sentando no canto da sala, em lágrimas e abraçando os joelhos. Coitado! Ando até lá, tentando pegar na mão dele, mas algo me impede de chegar perto demais. Os soluços dele cortam meu coração.
—Aaron não matou a Taylor! Nós sabemos quem foi, vocês não podem culpá-lo! –Joseph grita com o homem, revoltado.
—Ragnar não é visto há anos, desde a revolta da Morgan. –a mulher diz. —Não podemos culpar alguém que tecnicamente não existe. O Conselho não pode fazer isso.
—Seus desgraçados, o garoto só tem nove anos! Nove! Não pode ser culpado por assassinato, ainda mais um que não cometeu! –Claire diz. —Que tipo de monstros são vocês para culpá-lo?
—Joseph, sugiro que controle sua esposa. –o homem diz, olhando de relance para Claire. —Sabemos que não foi o garoto, mas ele era o único presente no local.
—Além de Ragnar, não é? –Claire pergunta, cruzando os braços.
—Ragnar não estava lá! –o homem altera a voz. —Aaron estava, e vai pagar por isso.
—Mas não foi ele! –Joseph diz.
—Diga isso ao Conselho, somos apenas representantes. Agora vamos levá-lo, em alguns dias o filho de vocês estará de volta. –a mulher diz.
