Peter e eu estávamos caminhando muito rápido.
Quando liguei mais cedo, avisando que tinha más notícias, ele teve a idéia de vestir roupas leves, calçar um tênis e dar uma caminhada pela cidade, assim que o sol nascesse.
Conforme eu contava o que sabia, mais rápido caminhávamos.
— Se a polícia prender AK, nós seremos presos também. Será nosso fim — disse Peter realmente assustado.
— Calma! Não se desespere até descobrirmos o tamanho do problema.
Peter parou no mesmo instante.
— Você acha que Os Grandes estão fazendo as denúncias?
— Eu tenho quase certeza que sim.
Peter se apoiou nas pernas enquanto respirava com força.
— Dylan disse o quão próximos eles estão do AK?
— Na verdade não.
— E vamos esperar?
— Não há nada que possamos fazer.
Depois de descansar dez minutos, fomos em um quiosque para tomar água de côco. Enquanto esperamos, continuamos conversando sobre nossas condições.
— Se ficarmos quietos, podemos escapar dessa. Ou podemos pedir ajuda. Talvez esteja mais do que na hora de fazer isso — disse Peter.
— Vamos esperar mais um pouco, ver se seremos chamados para outro trabalho. Eu ficarei atento a tudo que Dylan me falar, dessa forma estaremos um passo à frente de todos e se qualquer coisa fugir do nosso controle, iremos pedir ajuda.
Parecia um plano terrível, mas era o único que eu tinha no momento.
— Tudo bem. Vamos fazer isso.
Peter ficou em silêncio durante um tempo e começou a me olhar de canto, como se eu não estivesse percebendo. Aquela inquietude sempre significava a mesma coisa.
— Vamos, eu sei que você quer perguntar alguma coisa. Pergunte.
— Você conversou com a sua mãe?
Suspirei.
— Não. Não a vejo desde aquele dia. Ela está me evitando.
— E o seu pai? O que você decidiu fazer?
— Eu não contei para o meu pai e sinceramente, nem pretendo. Eu já tenho coisas demais na cabeça. Logo ele vai descobrir que estou sem carro e isso já vai ser preocupação demais para mim.
— Seu pai vai apenas comprar outro.
— Sabe, as vezes eu queria ele me desse uma bronca ou me deixasse de castigo. Acho que seria mais fácil.
— Pode ser.
Peter deu uma risada obrigatória para cortar o clima assim que a garçonete chegou à nossa mesa.
Tomamos nossa água de côco e resolvemos voltar para casa preparar as coisas para o que seria uma noite de filmagens. O festival estava se aproximando e queríamos tudo pronto a tempo para podermos participar. Estávamos empolgados e apesar dos pesares, estávamos nos sentindo com sorte.
Depois de me despedir de Peter, corri para casa. Eu tinha a tarde livre e queria descansar. Deitar na minha cama, talvez dormir até esquecer de todos os problemas. Mas não foi possível. Assim que abri a porta do apartamento, Buggie me ligou, dizendo que precisávamos nos encontrar para me informar tudo que havia descoberto e começarmos a colocar um possível plano em ação.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ego Intacto (ROMANCE GAY) (completo)
RomanceTudo o que o jovem cineasta Gun queria, era terminar seu curta metragem de conclusão de curso e receber a tão esperada glória e fama que desejava. Mas quando é confrontado por seus sentimentos e acaba se apaixonando pelo irmão de uma aluna nova, com...