Capítulo vinte e cinco

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Parte do processo de resolver um problema, era entendê-lo. Buggie havia me dado o problema e eu precisava entendê-lo e resolvê-lo o mais rápido possível. Ele era um amigo e parte essencial para salvar as nossas vidas.

Depois que saímos do teatro e fomos comemorar, contei a Peter o que havia acontecido e ele ficou me questionando se eu contaria ou não para Dylan. Até então, eu não fazia a mínima ideia se Dylan era ciumento ou se simplesmente não se sentiria incomodado com o fato de outro cara ter me beijado, mesmo sem consentimento. Eu avisei à Peter que em algum momento eu contaria tudo à Dylan. Tudo mesmo.

No jantar de comemoração, fiquei matutando em minha cabeça um possível plano para resolver isso de uma vez por todas e como qualquer pessoa madura, decidi que precisávamos apenas ter uma boa conversa.

Na manhã do dia seguinte, assim que acordei, liguei para Buggie. Ele atendeu e sua voz parecia tímida. Talvez ele estivesse com vergonha. Eu disse a ele que precisávamos conversar e resolver alguns assuntos pendentes. Torci para que ele tivesse entendido o recado e marcamos de nos encontrar em sua casa depois do almoço.

Eu estava prestes a ir tomar banho quando Constance entrou no quarto sem nem avisar.

— Você deixou a sua filmadora na cozinha de novo. Você vive deixando ela em todos os cantos da casa. Depois, quando não consegue encontrar, teu pai e eu quem temos que ficar procurando feito uns loucos. Se eu encontrar essa filmadora de novo em algum canto da casa, eu juro que vai pro lixo.

Eu apenas consenti e percebi que Constance não estava no melhor de seu humor. As vezes ela ficava assim.

Peguei a filmadora com cuidado e sorri ao lembrar todos os dias felizes que tivemos nas filmagens do curta. Mas meu sorriso desapareceu depois que lembrei de todos os problemas que haviam surgido. Larguei ela na mesa, ainda ligada e fui tomar meu banho.

Depois de tirar algumas risadas do rosto de Constance durante o almoço, me apressei em sair de casa a tempo de pegar um ônibus e ir até a casa de Buggie. Desci no ponto perto de sua casa e caminhei rápido para chegar logo ao lugar. Talvez eu estivesse ansioso para resolver o problema. Algo grande estava acontecendo e todos sabiam disso. Mas o que poderíamos fazer para salvar nossas vidas? Talvez Buggie respondesse essa pergunta.

Pude notar o quão sem graça ele estava assim que me recebeu dentro de sua casa. Ele mal olhava e parecia desconfortável na maior parte do tempo. Ele esfregava uma mão na outra e andava de um lado para o outro.

Me sentei no sofá e esperei ele se acalmar.

— Você pode sentar cara, a casa é sua.

— Tudo bem — disse Buggie, se sentando ao meu lado.

— Eu só queria vir aqui e dizer que está tudo bem. Está tudo bem entre a gente.

Buggie respirou aliviado mas não parou de esfregar as mãos uma na outra.

— Eu não devia ter feito aquilo. Me desculpe — disse ele com a cabeça baixa.

— Tudo bem. Não houve maldade, foi uma coisa do momento. Não vai acontecer novamente, certo?

— Certo.

Buggie continuava parecendo nervoso e talvez estivesse querendo me dizer alguma coisa.

— Alguma novidade no caso Emma?

— Ela continua indo ao tal galpão. Eu consegui invadir o sistema sem ser detectado e agora tenho acesso as câmeras de todo o lugar. Eu descobri um padrão. Emma sempre chega em seu Jetta prata e toda vez que ela vai até lá, outra pessoa aparece, com um carrão daqueles que só os monarcas de Dubai possuem. Eu tenho quase certeza que essa pessoa é o chefe dos Grandes.

Ego Intacto (ROMANCE GAY) (completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora