Se adaptando um ao outro

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[ Kassandra ]

    Foi muito bom ver que eu era aceita entre eles. Estavam tão relaxados, curtindo com as crianças. A aura deles voltou a ser calorosa. E com certeza o coração bondoso e puro estava limpo, de todo ressentimento que surgiu. Não estavam mais bravos com o mundo. Bom para os humanos.

    _ Desculpe, Kassy. Não queríamos atrapalhar. _ disse Júlia.

    _ Não estão atrapalhando. Tiraram um peso do meu ombro.

     _ Mas, o clima entre vocês... Estavam planejando ficar sozinhos não é? _ perguntou Alexa.

    Eu olhei para elas com cumplicidade.

    _ A noite é muito longa. E está só começando.

    Elas deram risada.

    _ Eu casei virgem. Vocês são todas pervertidas. _ Lorie brincou.

    _ Quem é que estava falando sobre fazer outro filho? _ Luísa lembrou.

    Lorie olhou seu bebê e suspirou.

    _ Peter está muito focado nele. Nem posso segura-lo direito. Vai acabar ficando mimado.

    As meninas deram risadas e ela fez um beicinho emburrado.

   _ Eu sei que fui mimada também. Mas, posso achar que não é bom sufocar meu filho com excesso de zelo.

    _ Sim. Você pode. Mas, você casou virgem porquê foi no impulso. Aliás, depois daquela dança, como não aconteceu nada entre vocês?_ quis saber Júlia.

    Lorie deu um sorriso atrevido. Mas, não respondeu.

    _ Que dança? _ perguntei.

    _ Dança do ventre. Eles ficaram loucos naquele dia. _ disse Sabrina. _ Foi uma festa para celebrar a maternidade.

     Deveria fazer isso também? Viktor gostaria?

******

     Após algumas partidas e várias fotos, nós resolvemos encerrar a diversão. Algumas crianças estavam dormindo. Seus pais entraram nos carros com cuidado. Acenaram para nós e foram embora.

     Viktor abriu a porta do carro para mim. Entrei agradecendo. Liguei o som de seu carro e começou a tocar... "Pavane", de Gabriel Fauré. Fechei os olhos para apreciar a música. Enquanto ele se ajeitava para dar partida no carro.

     Senti no entanto, sua aura me atingir, enquanto sua mão tocava minha coxa e sua respiração gelada, se aproximou do meu pescoço.

     _ Se você não quer, diga agora!...

     Arrepiei inteira, porquê sabia o que ele queria dizer... Estava me deixando decidir como nossa noite terminaria. Bem, eu não era mais inocente. Para quê adiar o inevitável?

     _ Eu quero!

     Ele deu uma risadinha.

     _ Ótimo! Não estou afim de tomar outro banho gelado.

      Eu também dei risada.

     _ Por minha causa?

     _ Você não faz ideia de quantas vezes tive que me segurar para não te arrastar ao meu quarto.

     Se ele continuasse com isso, eu que ia pular nele, ali mesmo.

     _ Eu também quis você. Várias vezes... Não temos porquê adiar...

Is it love? Viktor - Imerso em sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora