Meu encontro com os mestres de Monte Shasta.
Parte 10. Entre rios
E assim se foram praticamente dez anos.
A religião é um bom substituto de práticas místicas, bastando rezar com alguma fé aquelas orações que nossos pais nos ensinaram.
Há que passe a vida inteira assim, feliz em sua fé original.
Mas há os que não passam. Os que não são assim. Os tortos. Os que não optaram pelo caminho que alguém disse para tomar. Os loucos de todo o gênero. Os silvícolas indomáveis.
Alguns se agarram a fórmulas preestabelecidas. Trocam de religião, templo, assembléia.
Sinceramente invejo as pessoas que vão a um drive-thru espiritual e engordam de tanta fé.
Invejo também os ateus. São pragmáticos. Se todos forem perdoados deles será também o Reino dos Céus.
Mas, onde ficam os que não seguem os homens? Como fico eu?
Melhor fechar a porta e rezar algo conhecido quando estiver precisando.
Ou quando bater uma certa culpa. Aquela que de fato move montanhas.