Meu encontro com os mestres de Monte Shasta
Capítulo 44. Na casa dos mortos
Descobri uma atração ali pertinho na Riviera Maia: o cemitério mexicano Puente El Paraíso. As fotos do Google eram bastante interessantes, tumulos coloridos e decorados, algo como aquelas Festa dos Mortos que se vê em filmes. Saí logo cedo para conferir, me pus a correr seguindo o GPS. Era perto, coisa de dois quilômetros.
Chegando na entrada do local, decepção. O tal de cemitério era apenas uma encenação dentro de um parque temático.
Voltei para o hotel, que fica na beira da praia onde havia uma pequena ruína de pedra, maia ou espanhola. Hóspedes de vez em quando meditam por lá. O lugar até que era bonito, mas não sabia o que significava.
Meditei sobre isso por 15 segundos, ainda frustrado com a história daquele cemitério de mentira.
Segui em frente e topei com uma garota local que falou buendia e perguntou se estava tudo bem. Respondi buendia, todobién pero. Mencionei o cemitério, a decepção.
O nome dela era estranho: Ocalia. Pensando bem, lembrava os de Julia e Yulia.
Ela me respondeu: "não seja por isso, aqui no meio do mato tem um antigo cemitério maia"; e me levou até lá.
Estava a menos de 100 metros do local e não tinha nada avisando. Somente ali, no meio do mato, uma placa dizia ser uma igreja espanhola do século XVI, e que naquele pequeno espaço havia pelo menos 150 corpos enterrados, todos virados para o altar.
Provavelmente aquilo não fosse maia, mas era ainda assim desconcertante.
Não havia placas para o local, escondido no meio da floresta. Muito provavelmente isso seria em sinal de respeito aos ali enterrados.
Coincidência ou não, aqui também aparece um anjo no meio do caminho, me levando para um lugar considerado sagrado.