Meu encontro com os mestres de Monte Shasta.
Parte 37. Em busca das baleias
Logo cedo no dia seguinte parti para Salinas, ao sul de San Francisco.
Parei em lojas para as compras de praxe, presentes para levar. Tudo muito rapidamente para não quebrar o ritmo da viagem. Rumei para Big Sur, lugar belíssimo, quase em San Simeon.
As paisagens são de tirar o fôlego mas um pouco difíceis de se avistar, uma vez que os pontos da beira da estrada em geral estão cheios de veículos. Já havia por duas vezes anteriormente passado por lá mas nunca consegui parar e tirar uma fotografia satisfatória. Dessa vez seria diferente; pararia nem que fosse no meio da estrada.
Enquanto eu vislumbrava aquela cena maravilhosa, em meu telefone pipocavam mensagens de ódio sobre políticos e política. Inacreditável como o ambiente interfere no nosso estado mental. Discutir os problemas do mundo nem sempre os resolve. Há uma certa conformidade quase anestésica em diagnosticar que as coisas estão ruins. Elas de fato estão muitas vezes, só parte do problema pode estar dentro de nós e não nas notícias.
Sem pensar muito tirei umas fotos e mandei para alguns desses grupos. O astral geral mudou e a conversa tomou outro rumo. Percebi que aquela viagem esotérica lunática que eu estava fazendo afinal servia para alguma coisa.
Depois de Big Sur segui ao norte até Point Lobos, uma reserva natural onde se avistam baleias. Bem que as procurei, mas elas não tinham nada a me dizer. não havia nenhum problema nisso acho que poderia ficar lá sentado sobre as rochas perto do mar por horas a fio. O sol estava se pondo no Oceano Pacífico dando um colorido dourado e avermelhado nos rochedos onde as ondas estouravam. Do alto mais alguns ciprestes solitários observavam aquela cena sem se cansar, por anos e anos, décadas e décadas.
Lá o único que tinha pressa era o sol, que descia rapidamente em direção ao horizonte, ficando cada vez mais vermelho e bem definido.
Depois de ver o pôr do sol rumei para Salinas, cerca de uma hora ao norte.
Lá arrumei com cuidado as malas. Trazia alguns presentes comprados em lojas e muitas lembranças de grande valor como galhos, pedras e garrafas de água.